quarta-feira, 8 de maio de 2013

AS RAÍZES DO EMBAIXADOR ROBERTO AZEVÊDO

A histórica vitória do brasileiro que passa a comandar a Organização Mundial do Comércio
Publicado em 08-Mai-2013

É histórica a vitória do embaixador Roberto Azevêdo, eleito para o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) nos próximos quatro anos. Ela marca o fim de uma época e, espero, o início da retomada do papel da OMC. Espero que marque o fim da tentativa de liquidar com a Rodada de Doha e com a regulação do comércio mundial por uma terra de ninguém, por acordos de livre comércio entre países e blocos regionais e pela guerra comercial e cambial, um verdadeiro ovo da serpente das guerras reais. Esse resultado é, também, uma vitória da política externa dos governos Dilma e Lula. É histórica a vitória do embaixador Roberto Azevêdo, eleito para o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) pelos próximos quatro anos. Marca o fim de uma época e, espero, o início da retomada do papel da OMC. Espero que marque o fim da tentativa de liquidar com a Rodada de Doha e da regulação do comércio mundial pela terra de ninguém, por acordos de livre comércio entre países e blocos regionais e pela guerra comercial e cambial, um verdadeiro ovo da serpente das guerras reais.

A postura firme do Brasil desde 2003 por negociações que, por etapas, eliminassem as barreiras comerciais e os subsídios e regulassem de fato o comércio e o mercado global, e mais a liderança do presidente Lula por uma nova ordem multilateral e pela reforma da governança mundial criaram as bases para essa vitória depois da constituição do G-20, dos BRICS, do IBAS e de tantas outras articulações que colocaram o Brasil no topo das negociações internacionais.

A vitória de Roberto Azevêdo é uma expressão de seus próprios méritos, de sua carreira diplomática (iniciada em 1984) e dos cargos que exerceu com competência. Revela, também, a capacidade de negociação e a liderança da presidenta Dilma Rousseff que, junto com o Itamaraty, apoiou a candidatura brasileira à secretaria geral da OMC.

É, também, a vitória da política externa dos governos Dilma e Lula, voltada para os pobres, para o Sul, a integração sul-americana, os BRICS, a África e o Oriente Médio, uma política que resgata todos os interesses nacionais do Brasil no século XXI. Agora é lutar pelo nosso lugar, nossa cadeira permanente, no Conselho de Segurança da ONU.

O eleito

Representante permanente do Brasil na OMC desde 2008, o embaixador Roberto Azevêdo é um hábil negociador. Era o chefe de delegação brasileira em litígios importantes vencidos pelo país na OMC, como nos casos dos subsídios ao algodão contra os Estados Unidos e ao açúcar contra a União Europeia.
Ele participou, também, de praticamente todas as conferências ministeriais desde o lançamento, em 2001, das negociações de Doha sobre a liberalização do comércio mundial. Uma das críticas que fazem é às suas tentativas de levar a OMC a discutir o impacto de flutuações cambiais sobre o comércio.

O diplomata começou a carreira no Itamaraty em 1984 e foi o principal assessor econômico do então chanceler Luiz Felipe Lampreia (do governo FHC) de 1995 a 1997. Participou, em 2001, da criação da Coordenação-Geral de Contenciosos do Itamaraty, que dirigiu por quatro anos. Em 2005, tornou-se chefe do departamento econômico do ministério e, de 2006 a 2008, foi subsecretário geral de assuntos econômicos. Em 2009, quando já representava o Brasil na OMC, o órgão autorizou Brasília a retaliar os EUA pelos subsídios ao algodão.

Ele foi um dos principais protagonistas do destaque que o Brasil passou a ganhar na OMC a partir de 2003, desde o início do 1º governo Lula quando o país se tornou um dos maiores negociadores junto da UE, do Japão, da China, da Índia, dos EUA e da Austrália. O país defende um enfoque gradual para derrubar barreiras comerciais e um grande papel para o governo na regulação do comércio, o que já provocou queixas de países ricos, como os EUA e o Japão, e de companheiros emergentes, como a China e a Coreia do Sul.
 
OBS:1-  MATÉRIA TRANSCRITA DO BLOG DO ZÉ DIRCEU, QUE FOI SUBSTITUIDO POR DILMA ROUSSEFF, NA CASA CIVIL .
 
OBS:2- PELO TEXTO, O EMBAIXADOR SEGUE A LINHA INTRODUZIDA A PARTIR DO 1º GOVERNO LULA JUNTO AO ITAMARATI, COM ABERTURA POLÍTICA, EM DIREÇÃO AOS PAÍSES DESPROVIDOS DE FORÇA ECONÔMICA, DESPROVIDOS DE CAPITAL, DESPROVIDOS DE TECNOLOGIA. COM LULA, O ITAMARATI SE SOMOU À EMBRAPA E MUDOU SUA DINÂMICA EM , DIREÇÃO OPOSTA AOS PAÍSES RICOS E PASSARAM A APOIAR A ÁFRICA, PASSARAM A APOIAR A AMÉRICA LATINA, POIS NA "ERA FHC", SÓ FAZIAM O QUE OS RICOS LHES DETERMINAVAM. ANTES DE 2003, VIVIAMOS NUMA ESPÉCIE DE COLONIALISMO SUTIL, COM AS CORES DO SOB-DESENVOLVIMENTO. TIVEMOS ATÉ UMA PASSAGEM, EM QUE NOSSO MINISTRO CELSO LAFER, CHEGANDO A NOVA YORK, TEVE QUE TIRAR SEUS SAPATOS PARA UMA "REVISTA" ANTI-TERRORISMO E FHC (O SÁBIO) A TUDO ISSO ACEITOU, EM RAZÃO DE SUA AMIZADE COM BUSH. FHC SE ORGULHAVA DE FREQUENTAR UM SÍTIO, ONDE BUSH PASSAVA SEUS MOMENTOS DE DESCANSO. ERA UMA ÉPOCA DE HUMILHAÇÕES, COM EMPRÉSTIMOS A CADA CRISE. ISSO ACABOU. HOJE NOSSO PAÍS TEM FORTES RESERVAS, NOSSO "RISCO PAÍS" É BAIXO (164 PONTOS, EM 8/5/2013) E NOSSA CREDIBILIDADE ESTÁ EM ALTA. VIDA LONGA AOS GOVERNOS DO PARTIDO DOS TRABALHADORES COM SEUS ALIADOS.

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