quinta-feira, 17 de outubro de 2013

ACONTECIMENTOS COMO ESSE, EM QUE HÁ UMA PARALIZAÇÃO DA MÁQUINA PÚBLICA, SÓ ACONTECEM EM PAÍSES DEMOCRÁTICOS. MAS O "AUMENTO DO TETO" FARÁ COM QUE ESSAS ORGANIZAÇÕES QUE AVALIAM OS RISCOS DOS PAÍSES, ACABE MUDANDO SUA NOTA E DESLOQUE OS ESTADOS UNIDOS UM POUCO PARA BAIXO. AFINAL, NÃO FAZEM ISSO COM OS DEMAIS PAÍSES? É PRECISO HAVER COERÊNCIA.

Câmara dos EUA aprova acordo, evita calote e encerra paralisação

Texto foi assinado durante a madrugada por Barack Obama. Acordo permite a reabertura dos serviços públicos federais após 16 dias de interrupção

Por iG São Paulo | - Atualizada às
Texto


A Câmara dos Estados Unidos aprovou na noite desta quarta-feira (16), poucas horas antes de encerrar o prazo, um acordo para elevação do teto da dívida do país. O texto teve aprovação no Senado por 285 votos a favor e 144 contra, permitindo a reabertura dos serviços públicos federais
O documento foi assinado em seguida por Barack Obama pouco depois da meia-noite (horário local), encerrando a paralisação de 16 dias do governo. Em discurso na Casa Branca, Obama afirmou que a retomada do governo será feita imediatamente. "Vamos começar a dispersar essa nuvem de incerteza que cerca nossos executivos e todos os norte-americanos", disse.

EUA:Senado chega a acordo para impedir calote e reabrir governo

AP
Obama fala com jornalistas pouco antes de assinar acordo
Obama agradeceu ainda o empenho dos dois partidos, democrata e republicano, para superar a crise. Segundo ele, apesar das diferenças que separam os dois, uma série de questões podem ser trabalhadas em conjunto. Mas o primeiro ponto que mencionou é quase tão controvertido quanto a reforma da saúde rejeitada pelos republicanos: a mudança no sistema de imigração, seguida da lei agrícola e do orçamento.
Obama defendeu que as últimas três semanas sejam "deixadas para trás" e que todas as mudanças necessárias sejam aprovadas ainda neste ano. "Uma das coisas que eu disse durante esse processo é que nós precisamos nos livrar do hábito de governar por meio de crises", declarou o presidente

Paralisação de 16 dias
A crise teve início em 1º de outubro, quando o governo entrou em paralisação parcial depois que os republicanos da Câmara se recusaram a aprovar um orçamento temporário a menos que Obama concordasse em modificar ou adiar a lei da sua reforma da saúde, conhecida como ObamaCare.
Na época, cerca de 800 mil funcionários chegaram a ficar de licença forçada e não remunerada, fechando museus, parques nacionais e suspendendo serviços considerados não essenciais. Conforme os dias passavam, e o Congresso continuava em impasse, os Estados e departamentos estabeleceram acordos que possibilitaram a rebertura de alguns serviços e a convocação da maior parte dos funcionários.

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Separadamente, os republicanos conservadores também se recusaram a aprovar a elevação do teto da dívida - a capacidade que o Tesouro tem para se endividar e pagar suas contas - deixando o país sob o risco de um possível calote. Isso porque queriam o corte de gastos federais com programas sociais e outros benefícios.

Banqueiros e especialistas demonstraram preocupação de que, se deputados e senadores não chegassem a um entendimento, a economia mundial poderia, novamente, mergulhar em uma recessão profunda.
Tanto a elevação do teto da dívida quanto o orçamento temporário são medidas geralmente aprovadas rotineiramente no Congresso, mas os republicanos usaram-nas medidas como moeda de troca para impor suas exigências à força. Isso fez com que seus níveis de popularidade entre os americanos caíssem consideravelmente um ano antes das eleições legislativas no país

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