O AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO E OS APOSENTADOS
Estamos atravessando um momento importante nessa mudança de governo. Lula com seus auxiliares mais diretos, criaram uma fórmula para valorização do salário mínimo, onde entram dois componentes a saber: inflação do período e crescimento do PIB de dois anos atrás. Essa fórmula deu um ótimo resultado, pois possibilitou um real aumento do poder de compra aos trabalhadores.
O argumento era de que com mais dinheiro no bolso, os trabalhadores iriam ás compras e assim, manteriam a economia aquecida. Mas houve uma falha, quanto aos que já ganham um pouco acima do mínimo, pois ficaram fora desse acordo. E, com o passar dos anos foram ficando com seus ganhos achatados. Muitos aposentados então cairam na faixa do salário mínimo. Agora com novos estudos, é importante que se corrijam essa falha. O argumento de que criam um déficit, não tem consistência.
Somos 28 milhões de aposentados, sendo que só 8 milhões ganham acima do mínimo. A média recebida entre esses 28 milhões é de R$ 850,00. Quando houve aquele aumento de 6,14%, por medida provisória, com reação imediata dos aposentados, o Governo deve ter notado isso. Os aposentados também fazem o mesmo caminho: colocam seus ganhos no giro da economia. Aumentam o consumo. Então é coerente que sejam contemplados com 80% do crescimento do PIB de 2 anos atrás. A quebra da Previdência é uma balela.
Os federais são 1 milhão de aposentados e dão o mesmo déficit que os do INSS. A média entre os federais, que tem benefícios que os do INSS nem sonham, é de R$ 12.000,00.Tanto entre o pessoal do INSS, como o setor dos federais, o que está ocorrendo agora é a partilha do bolo. Que todos possam participar dessa partilha.
Esperamos que os novos dirigentes nacionais, mantenham o mesmo critério que o Governo atual, que em negociação com o Congresso Nacional e as Centrais Sindicais, determinaram para o ano de 2010, nosso aumento em 80% do que dariam ao aumento do salário mínimo. Não fica bem, a Esperança cair por terra em tão pouco tempo e em seu lugar, surgir a Desesperança dos aposentados, de novo.
Miranda, secret. de finanças
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