quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A QUEDA DE BRAÇO POR MELHORIAS SÓCIO-ECONÔMICAS

Por Reuters
Atualizado: 18/11/2010

Reajustes de outras categorias justificam mínimo maior--centrais

SÃO PAULO (Reuters) - As centrais sindicais devem usar como argumento principal para um aumento maior no salário mínimo de 2011 os reajustes acima da inflação obtidos por categorias de trabalhadores da iniciativa privada neste ano.

A informação foi dada pelo secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, ao chegar para encontro com as centrais com os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Carlos Eduardo Gabas (Previdência) em São Paulo, na primeira reunião para debater o tema.

De acordo com as centrais, categorias como químicos, metalúrgicos, bancários e comerciários alcançaram reajustes salariais acima da inflação, que neste ano deve ficar pouco acima de 5 por cento.

O Orçamento da União prevê salário mínimo de 540 reais, aprovado em relatório preliminar esta semana por comissão do Congresso. O valor repõe apenas a inflação, uma vez que índice do Produto Interno Bruto (PIB) de 2009 foi negativo. O acordo entre o governo Lula e as centrais prevê reposição da inflação do ano anterior e a variação do PIB de dois anos antes.

Os trabalhadores vão levar para a mesa de negociação o valor de 580 reais, que seguiria a valorização dos últimos anos, embutindo o crescimento previsto do PIB neste ano.

'O (reajuste) do salário mínimo melhorou a economia, fez distribuição de renda, tirou o Brasil antes da crise', disse Juruna a jornalistas. 'Não basta o governo atender os partidos aliados sem atender a população em geral.'
O sindicalista acredita que as reclamações de prefeituras com um reajuste maior podem ser solucionadas com debate.

'Tudo é uma questão de negociação. Os valores anteriores eram vistos desta maneira e depois se mostraram positivos para a economia', disse Juruna, para quem as centrais também rechaçam uma antecipação de parcela do reajuste do mínimo de 2012

Mais de 40 milhões de trabalhadores são atingidos pelo salário mínimo, segundo o Dieese, órgão que assessora os sindicatos, incluídos aposentados, domésticos, além do pagamento do seguro desemprego, entre outros.
(Reportagem de Carmen Munari)

OBS: A CADA ANO, MUDAM OS ARGUMENTOS DOS DIRIGENTES, MUDAM OS ARGUMENTOS DOS NOSSOS DIRIGENTES SINDICAIS. É A LUTA POR AVANÇOS DA SOCIEDADE, EM BUSCA DE MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA. É UMA LUTA JÁ CENTENÁRIA, DO CAPITAL X TRABALHO.

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