segunda-feira, 16 de setembro de 2013

OS INSPETORES DA ONU TEM SEUS MOTIVOS PROFISSIONAIS PARA DENUNCIAR A SÍRIA PELO USO DE ARMAS QUÍMICAS. MAS CREIO QUE AÍ CABE UMA PERGUNTA: POR ACASO OS "DESFOLHANTES AMARELOS" QUE OS ESTADOS UNIDOS USARAM NA GUERRA DO VIETNÃ NÃO ERAM ARMAS QUÍMICAS? O QUE FEZ A ONU, NESSA GUERRA? ABSOLUTAMENTE NADA. ESTIVERAM SEMPRE AO LADO DOS PODEROSOS.........

16/09/2013-13h27

Relatório de inspetores da ONU atesta uso de armas químicas na Síria


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LEANDRO COLON
DE LONDRES

Atualizado às 14h13.
O relatório dos inspetores da ONU (Organização das Nações Unidas) divulgado nesta segunda-feira afirma que armas químicas foram usadas num ataque nos arredores de Damasco, no dia 21 de agosto passado.
O documento da ONU não aponta responsáveis pelo uso do gás contra as vítimas. Os EUA e aliados acusam o regime de Bashar al-Assad pelo episódio, mas o ditador sírio nega e acusa os rebeldes que lutam por sua deposição.
O relatório menciona o uso de gás sarin. "Nossa conclusão é que armas químicas foram usadas em grande escala no conflito em andamento entre as partes, também contra civis, incluindo crianças", diz trecho do relatório.
"Este resultado nos deixa com uma profunda preocupação", dizem os inspetores.
Os inspetores afirmam que há "evidências claras e convincentes" do uso de gás sarin na região de Ghouta, nos arredores de Damasco. Segundo eles, as provas foram coletadas por meio do material do meio ambiente e amostras químicas e médicas.

Ataque químico deixa mortos na Síria


De acordo com o relatório, os testes de sangue e urina de 34 vítimas do ataque deram "definitivas evidências" de exposição delas ao gás sarin, reforçando a análise clínica dessas pessoas, que apresentaram perda de consciência, convulsões, irritação nos olhos, entre outras coisas.
Mais cedo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, conversou com os diplomatas do Conselho de Segurança sobre o relatório, que lhe foi entregue pelo seu investigador-chefe para armas químicas, Ake Sellstrom.
Fontes da inteligência americana já haviam confirmado o ataque. Elas dizem que os mortos somam 1.429, sendo 426 crianças.
Ban disse na sexta-feira (13) que o relatório de Sellstrom seria uma confirmação "esmagadora" do uso de armas químicas. Ele também disse que Assad "cometeu muitos crimes contra a humanidade", embora ele não tenha dito se as forças oficiais ou se rebeldes que lutam contra ele estiveram por trás do ataque.
Também nesta segunda, a Comissão de Inquérito da ONU sobre as violações dos direitos humanos na Síria anunciou que investiga 14 supostos ataques com armas químicas cometidos desde setembro de 2011. "Temos visto os vídeos, dispomos de análises de especialistas militares", disse o presidente da comissão, o diplomata brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro.

RESOLUÇÃO
Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido defenderam nesta segunda-feira "fortes" consequências para o governo da Síria caso não cumpra o acordo de entrega das armas químicas. Após uma reunião em Paris, os três governos buscaram um discurso único de que é necessário uma firme resolução da ONU que permita punir o regime.
"Queremos uma forte resolução do Conselho de Segurança da ONU que apoie um plano para o desarmamento com toda autoridade do conselho e que inclua sérias consequências se o plano não for implementado", afirmou o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.
"Se a diplomacia falhar, a opção militar ainda está na mesa", disse o secretário de Estado americano, John Kerry.
No sábado (14), depois de três dias de negociação, Estados Unidos e da Rússia anunciaram, em Genebra (Suíça), um plano para que a Síria entregue suas armas químicas.
Há mais de dois anos, rebeldes (na maioria sunitas), lutam para depor o regime de Assad (que é alauita, uma facção do islã xiita). As tropas oficiais contam com o apoio declarado do grupo radical islâmico libanês Hizbullah. Desde o começo do confronto, mais de 120 mil pessoas morreram, de acordo com estimativas da ONU tidas como conservadoras. Milhões de pessoas também foram obrigadas a se refugiar em países vizinhos.

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Agente laranja

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um helicóptero UH-1D espalhando agente laranja em uma floresta na região do delta do Mekong (1969).
Aviões espalhando agente laranja (Vietnã).
Grupo de crianças deficientes, a maior parte vítima do Agente Laranja.
O Agente laranja é uma mistura de dois herbicidas: o 2,4-D e o 2,4,5-T. Foi usado como desfolhante pelo exército dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã. Ambos os constituintes do Agente Laranja tiveram uso na agricultura, principalmente o 2,4-D vendido até hoje em produtos como o Tordon. Por questões de negligência e pressa para utilização, durante a Guerra do Vietnã, foi produzido com inadequada purificação, apresentando teores elevados de um subproduto cancerígeno da síntese do 2,4,5-T: a dioxina tetraclorodibenzodioxina. Este resíduo não é normalmente encontrado nos produtos comerciais que incluem estes dois ingredientes, mas marcou para sempre o nome do Agente Laranja, cujo uso deixou sequelas terríveis na população daquele país e nos próprios soldados norte-americanos.
No período de 1961 a 1971, as tropas americanas aspergiram 80 milhões de litros de herbicidas, que continham 400 quilogramas de dioxina sobre o território vietnamita, de acordo com estatísticas oficiais.
Esse desfolhantes destruiram o habitat natural, deixaram 4,8 milhões de pessoas expostas ao agente laranja e provocaram enfermidades irreversíveis, sobretudo malformações congênitas, câncer e síndromes neurológicas em crianças, mulheres e homens do país.
A Associação de Vítimas Vietnamitas do Agente Laranja (AVVA) organizou um vasto programa cultural destinado a recolher fundos de ajuda aos afetados, na ocasião da data, que contou com o apoio da Televisão Nacional e outras entidades.
Na jornada, foram transmitidos documentários e reportagens sobre a luta por justiça na ação legal contra as empresas americanas fabricantes do tóxico letal, realizados por conhecidos cineastas nacionais e estrangeiros.
Em 1984, uma ação judicial movida por veteranos de guerra norte-americanos contra as companhias químicas fornecedoras do Agente Laranja resultou em um acordo de 93 milhões de dólares em indenizações aos soldados. Esta ação foi arquivada pela seguinte sentença "Não há base legal para qualquer das alegações sob as leis domésticas de qualquer país, nação ou estado ou sob qualquer forma de lei internacional"1




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