Economist ironiza situação econômica brasileira em edição de outubro



Jornal GGN - Em 2009, diante da valorização do real e do crescimento econômico visível frente à crise financeira mundial, a revista britânica The Economist sinalizava ao mundo que o Brasil estava pronto para decolar. Preparou uma matéria especial e, principalmente, uma capa bastante peculiar: um Cristo Redentor transformado em um foguete.

Quatro anos depois, no entanto, o título “Brazil takes off” (Brasil decola, em tradução coloquial), dá espaço a uma nova capa pessimista e intrigante: “Has Brasil blown it?”(O Brasil estragou tudo?), numa crítica rasgada à economia brasileira e aos rumos que o país tomou, após tamanho reconhecimento nos tempos de Lula presidente. A edição de outubro será publicada nesta quinta-feira (26) e mostra o mesmo Cristo, desta vez em queda.

A matéria possui 14 páginas e já traz consigo uma carga de críticas pesadas ao desempenho do país desde 2011, classificado pela publicação de “medíocre”. A responsabilidade, segundo a revista, é do ministro Guido Mantega, a quem a reportagem ironiza e sugere que deixe o cargo.

A linha editorial da Economist em relação ao Brasil vem mudando de tom desde 2012, quando as matérias sobre a nação estão mais voltadas a riscos políticos, elevados custos em negociações e protecionismo no petróleo, além do afastamento substancial de investidores externos do país.

A “bomba” cai na imprensa internacional na mesma semana em que Dilma Rousseff e sua comitiva estavam nos Estados Unidos para tratar das questões ligadas à espionagem norte-americana e à captação de novos investidores para obras de infraestrutura no país. Um péssimo momento.