quinta-feira, 21 de novembro de 2013

DEVEMOS RECONHECER QUE O QUESTIONAMENTO DA CLASSE MÉDICA BRASILEIRA É PERTINENTE, QUANTO À COMPROVAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DOS PROFISSIONAIS QUE ESTÃO CHEGANDO. PORÉM, NÃO PODEMOS IGNORAR A CARÊNCIA EM QUE VIVEM MILHÕES DE BRASILEIROS E BRASILEIRAS, QUE MORAM LONGE DOS CENTROS URBANOS MAIS DESENVOLVIDOS E ORGANIZADOS.

Governo pode trazer outro grupo de cubanos, diz Padilha.

Principal objetivo é alcançar meta de ter 13 mil profissionais atuando no Mais Médicos até março de 2014

Por Agência Estado |
 
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira (18), que o governo pode trazer outro grupo de médicos de Cuba para atuar no Brasil. De acordo com Padilha, o principal objetivo é alcançar a meta de ter 13 mil profissionais (brasileiros ou estrangeiros) atuando no Programa Mais Médicos até março de 2014, o que supriria a demanda das cidades inscritas.
 
Agência Brasil
Padilha
"O que move o Ministério da Saúde é garantir atendimento aos milhões de brasileiros que vivem em cidades ou bairros que hoje não têm médicos", afirmou, após participar de aula inaugural do curso de preparação destinado a 300 médicos cubanos em São Paulo.

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Os profissionais fazem parte de um grupo de 3 mil cubanos que desembarcaram no País nas últimas duas semanas para ocupar vagas ociosas da segunda etapa do Mais Médicos. Outros recém-chegados recebem treinamento em Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza e Vitória. Com o novo grupo, o número total de médicos do programa passa de 6 mil.
Padilha afirmou que, na primeira semana de dezembro, será aberto a profissionais formados no Brasil e no exterior o edital de inscrição para a terceira etapa do programa. "Muitos médicos brasileiros se formam no mês de dezembro, então, temos uma expectativa positiva. Mas, se for necessário, nós vamos ampliar, sim, o número de médicos da parceria com Cuba", disse.

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Ele acrescentou que o interesse não se restringe a Cuba. "Primeiro, vamos ver como será a participação dos médicos brasileiros nessa nova etapa. Se for preciso, nós recorreremos a Cuba e a outros países para garantir a meta de 13 mil médicos. O Ministério da Saúde não vai ficar de braços cruzados. Vamos atrás de qualquer país", afirmou.
Segundo Padilha, os cubanos recém-chegados encontram um ambiente mais tranquilo do que os primeiros participantes vindos da ilha caribenha. "Cada vez mais a população brasileira e mesmo os meus colegas médicos percebem que o programa só leva estrangeiros para os postos de saúde onde não conseguimos médicos brasileiros suficientes para preencher as vagas solicitadas", disse.

São Paulo
Dos 3 mil cubanos que participam da segunda etapa do Mais Médicos, 216 trabalharão no Estado de São Paulo. O ministro da Saúde revelou que ainda haverá reuniões com prefeitos e secretários para definir a distribuição desses profissionais.
"Lugares com mais pessoas que dependem do SUS (Sistema Único de Saúde) e que estão em situação de pobreza receberão um número maior de profissionais", disse. Uma das prioridades será atender a região do Vale do Ribeira, no sul do Estado. Conforme Padilha, até março, São Paulo deve receber 2,5 mil médicos do programa.

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