sexta-feira, 29 de novembro de 2013

TRANSCRITO DO SITE DA BBC - BRASIL., COM COMENTÁRIOS DE LEITORES.

Você concorda com a reforma da Previdência?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Lula conseguiu aprovar a reforma em primeiro turno na Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, com algumas modificações.

Você acha justo os funcionários públicos perderem o benefício da aposentadoria integral? Os servidores públicos estão certos em protestar para ter uma aposentadoria maior do que a da iniciativa privada?

É correto cobrar a contribuição dos inativos? É justo os juízes estaduais conseguirem o aumento do seu subteto?

Enfim, você concorda com o texto aprovado? E com a reforma da Previdência em geral?

Este fórum já foi encerrado. Leia abaixo algumas das respostas dos internautas:

Deveríamos adotar como referência o sistema vigente em nosso país, ou seja DEMOCRACIA, iguadade para todos, pelo menos é o que dizem.
Laertes Marcondes Lopes, Curitiba

Nao é correto cobrar contribuiçao de inativo, pois este contribui com 11% de seu salario bruto, ora, onde vai parar esse dinheiro? Ao fim de 35 anos de contribuição mais uma rentabilidade de 6% ao ano, o montante arrecadado é muito maior que o servidor vai receber depois de ter aposentado. Detalhe importante: se o servidor tivesse a escolha de decidir fazer sua própria previdência, seria melhor para ele, mas o governo nem cogita essa hipótese, não abre mão da contribuição do servidor porque na verdade o governo arrecada mais com ela do que vai pagar no final da vida do servidor. Quem diria que o PT faria isso com o trabalhador!
Fernando Batista Cruz, Belo Horizonte

A largada foi dada e a sociedade está mais consciente do verdadeiro caráter antipatriótico do atual Judiciário e do funcionalismo publico. O Brasil precisa se adequar às regras basicas da aritimética social e tornar-se mais justo para a maioria dos brasileiros. A mudança é dolorosa, porém necessária.
Daniel Lima, Grenoble (França)

Não concordo. Isto é um desrespeito ao direito e à Constituição. Além do agravante de os ministérios (quase todos) "pegarem o dinheiro da Previdência" para uso diversos. Mas nunca o repõem, por isso que está tal rombo. E o agravante dos aposentados que serão prejudicados com tal medida. Por que não é votada uma lei em que restrinja o teto de parlamentares, senadores, enfim do Legislativo?? Pois aumentam ao seu bel prazer seus salários!! Enquanto os aposentados que contribuíram com 30 anos de serviço ao país são punidos "em prol" de quê... Da corrupção existente neste país!!!
Victor Padilha, Santa Rita do Sapucaí (MG)

Concordo com a cobrança dos inativos e com o fim da aposentadoria integral às expensas do contribuinte. Discordo totalmente com o aumento do teto dos juízes pois eles também são reles mortais. Somos um Haiti com juízes que se julgam na Noruega!
Carlos Antonio Lopes, São Paulo (SP)

Eu acho uma falta de respeito com os funcionários públicos. Isto é uma grande derrota para um grande Brasil democrático. Isto é uma vergonha para aqueles que acreditavam em Lula.
Leandro Jales Lucena, Natal (RN)

Não sou especialista na área para poder opinar, mas de uma coisa eu tenho certeza: os trabalhadores do mundo inteiro têm perdido suas conquistas ante a fome avassaladora do mercado financeiro em busca do lucro. Os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Trabalhadores uni-vos. Está na hora de formarmos um novo partido que lute por nós, pois o PT que aí está mudou de lado.
Marco Tavares, Rio de Janeiro (RJ)

Não concordo com a reforma da Previdência por um simples motivo: ela não resolve o problema, pois os gastos cairão num primeiro momento, mas depois voltarão a subir. O problema é outro. O grande problema é que durante a vida toda se descontou do funcionalismo e não se repassou para a Previdência, bem como a contribuição patronal também não é repassada aos cofres da Previdência.
Jan Secaf, Ribeirão Preto (SP)

Sem duvidas tem que haver mudanças, mas, para quem já está trabalhando, não pode haver mudanças no meio do jogo. Quem entrar agora tudo bem, porque já vai saber como são as novas regras. IMPORTANTE: direito adquirido é lei, não se mexe. Vamos respeitar a nossa Constituição, só respeitar.
João Jorge, Curitiba (PR)

Direitos adquiridos? Não, o que havia era abuso consentido, e faz muito bem que não exista mais. Nem que seja na base do "pau", tem que moralizar essa coisa e voltar ao Brasil de há pouco tempo atrás, quando os juízes se comportavam como sacerdotes, iam trabalhar nas suas comarcas e recebiam o salário suficiente para suas despesas e de suas famílias. Hoje o que existe, em parte pequena ainda, é o nepotismo, o desperdício, a ganância por dinheiro e a canalhice.
José Milton Fernandes Bastos, Fortaleza (CE)

Foram atendidos os bancos e seguradoras, que queriam, principalmente, a criação dos fundos de pensão, mesmo quando vários estão quebrando no exterior. Já aconteceu antes com a extinção dos institutos, na saúde, que passou a ser administrada por seguradoras, e o resultado é esse aí. A taxação não vai ter impacto orçamentário, sendo apenas demagógica. E para reduzir os altos salários bastava uma atitude enérgica do governo.
Sylvio, Rio de Janeiro (RJ)

Apóio a reforma porque eram insustentáveis os gastos para o país. Não estou de acordo que o governo tenha cedido às pressões do Judiciário, concedendo o aumento do seu subteto.
Eliana, Roma (Itália)

Uma minoria deve ditar à maioria o que deve ou não ser feito? Isso é democracia ou aristocracia? Temos que visar a maioria do povo brasileiro, que não faz parte dos quadros do governo e não fica pensando na redução de seu salário de R$ 5.000 para R$ 1.500, e sim se os seus R$ 240 vão dar para chegar ao final do mês ou não. Reformas já! E para todos!!
Sérgio Pegado, Campinas (SP)

Inativos é palhaçada, não concordo. Funcionários públicos ou "parasitas"? Os caras já têm estabilidade, abono aqui, abono ali, jornadas de trabalho normalmente inferiores às da iniciativa privada, até pouco tempo não contribuíam à Previdência e ainda se acham no direito de ter aponsentadoria diferenciada, sinceramente acho que eles são #$@%&*' e não têm que reclamar de nada. Eu já achei um absurdo o governo abrir as pernas para os juízes, isso tem que acabar, greve tem que ser punida com demissão, quando o governo cede é como se estivesse pagando o resgate de um seqüestro, só que incentiva mais e mais...
Erli, Poços de Caldas (MG)

Concordo. É inadmissível que uma minoria (servidores públicos) tenha tratamento tão diferenciado em relação à grande mssa de trabalhadores da iniciativa privada e dos sem previdência. Há, também, o aspecto da insolvência do sistema pela insuficiente reserva matemática para suportar as aposentadorias, uma vez que o tempo de fruição é superior ao previsto na formação do fundo que suportará as aposentadorias. A matemática não fecha, e não é justo que toda a sociedade pague por privilégios de uma casta, uma vez que o governo não paga ninguém, quem paga é a sociedade cada vez mais massacrada com impostos.
Itacir Strapasson, Porto Alegre (RS)

Eu concordo que mudanças são necessárias para que a Previdência sobreviva, discordo quanto a taxar os inativos, e discordo, também, de aumentar o subteto. Tudo com o mesmo fundamento: Não é justo que a grande maioria da população brasileira viva com um mínimo de R$ 240 e seja humilhada na hora em que precisa de serviço médico público, e em contrapartida os juízes e os funcionários públicos briguem para manter privilégios que aumentam ainda mais a distância entre eles.
Silvana Benedetti, São Paulo (SP)

Seria melhor se fosse aprovada a proposta inicial, mas... já é um grande começo, e por isso concordo!
José Crispin, São Paulo (SP)

O sistema de Previdência há muito tempo é injusto. Nós não deveriamos ter em hipótese alguma qualquer tipo de privilégio para essa ou aquela classe de trabalhadores. Os servidores estão protestando porque são como cachorrinho vira-lata: não soltam o osso nem mortos. O governo perdeu uma grande chance de estabelecer uma regra única para todos os trabalhadores estabelecendo a igualdade previdenciária. Quanto à taxação dos inativos, eu acho muito justo tendo em vista que eles se aposentaram com o salário integral, muito diferente dos outros inativos da iniciativa privada.
Adalberto Gregório, Osasco (SP)

Não concordo, estou decepcionada! Contribuiremos mais e muito mais tempo e isso é a maior acontecimento na história do trabalhador. Sem contar que o funcionário público não tem reajustes há mais de 9 anos, contribui e quando necessita se afastar, perde-se quase 2/3 do sálario, porque existem gratificações que, se o servidor necessitar se ausentar por mais de 45 dias, perde totalmente, pois o salário base é ínfimo. Na iniciativa privada, isso não ocorre, é muito triste. Espero que o sr. Lula tenha um pouco de humanidade.
Eliana Veiga Grama, Sorocaba (SP)

Concordo com a reforma. É necessária para o país, principalmente a questão do subteto. Por questões éticas, tem que se estabelecer limites.
Mauro José Auache, Curitiba (PR)

É uma pena que, num país de miseráveis, quem mais ganha, mais quer... Quem devia dar o exemplo, no entanto, não estão nem aí para os que ganham o mínino... Funcionário publico, hehehe, mostre-me um honesto e trabalhador, que te mostrarei 100 que não fazem nada o dia todo, são a escória da sociedade brasileira, pois você que já pegou fila num banco estatal sabe do que estou falando...
Alberto Henrique Tacoronte, São Paulo (SP)

Acho que os direitos adquiridos não podem mudar ao bel prazer de quem quer que seja. Atualmente, o servidor público não ganha muito e é muito qualificado para fazer o serviço que faz. Quanto aos servidores do passado, aqueles que entraram pela porta dos fundos, e outras maracutaias feitas para que certos apadrinhados ganhassem altos salários, não é do mesmo ambiente do servidor público de carreira, que prestou concurso público e entrou pela porta da frente, sabendo quais eram seus deveres e obrigações, bem como seus direitos. Mudar direitos estabelecidos para todos é injusto, causa descrença no estado e na instituição pública do governo!
Cláudia Maria Zimmermann, Florianópolis (SC)

Não é justo a perda da integralidade da aposentadoria, é até irônico que um setor tão desestruturado em investimentos no setor humano ainda possa ser ainda mais desestimulado, dando, deste modo, maior margem à corrupção, dentre outros males. É questão de lógica e caráter o setor público ter aposentadoria maior que a privada, pois no fim das contas acaba contribuindo mais. Em relação aos inativos, a questão deveria ser melhor analisada, principalmente do ponto de vista ético, constitucional. Em minha opinião, se isso fosse feito, a hipótese dos inativos contribuírem seria colocada de lado. No que concerne ao aumento do subteto dos salários dos juízes, entendo ser medida plenamente plausível, uma vez que é um braço da sociedade ao qual devem ser oferecido benefícios, na medida do normal e razoável, que afastem a possibilidade destes se corromperem, pois é demagogia dizer que um juiz mal remunerado e sem pesperctiva não vai acabar por sucumbir às constantes tentações "do ganhar dinheiro fácil". Tenho descontentamento e decepção em saber que só a classe dos juízes estaduais conseguiram efetivamente barganhar com este governo "demagogocrático". Lula, por que você, para angariar recursos para a Previdência Social, não começa por impedir que sua mulher mande buscar cabeleireira de outro Estado só para se, como dizem os paupérrimos nordestinos, "empiquitar".
Márcio José dos Santos, Porto Velho (RO)

Não concordo. Estão invertendo o ônus. A causa é a corrupção. A Previdência não é deficitária. A parte dos trabalhadores, de 50%, é paga religiosamente, sendo que as empresas (e bancos) estão devendo fortunas. É o crime de estelionato do milênio, e os agentes estão nas fotografias.
José Paulo Ximenes da Silva, São Paulo (SP)

Eu concordo plenamente!!!!!!!!!
Silvana, Brasília (DF)

Sou a favor da reforma. O governo Lula tem que passar a limpo este país. Ele não vai conseguir agradar a todos. Pelo visto, está desagradando os mais poderosos. Até que enfim chegou um governo que assume suas responsabilidades.
Alcides Martins Fontes Júnior, São Paulo (SP)

Não concordo com a mudança do texto original, já que o Judiciário acabou conseguindo privilégios. No governo Fernando Henrique, foi feita uma mudança também no tempo de aposentadoria de uma grande parcela da população, e não houve uma discussão nem parecida sobre o assunto. Acredito que a imprensa esteja dando uma importância maior desta vez, voltando a população contra o Presidente Lula. A aprovação deste texto modificado já é um começo, mas isentar minorias deste sacrifício não parece ser justo. Por que não incluiu também os militares?
Tulio Cherobino Sousa, Goiânia (GO)

Penso que é muito importante para o país como um todo a reforma da Previdência. E mais que justa a equiparação de direitos entre trabalhadores privados e públicos, afinal, vivemos sob um regime capitalista onde a lógica da empresa privada é mais eficaz do que a pseudo lógica paternal do Estado brasileiro. Quais as razões que justificam o privilégio do funcionalismo público? Por que temos que sustentar os privilégios desse funcionalismo? Quando, na lógica, o Estado deveria servir a população, e não o contrário. A elevação do subteto para os juízes é um verdadeiro paradoxo em relação aos objetivos da reforma. Confesso que fiquei surpreso com o governo por ter cedido às pressões do Judiciário, além do mais, como poder instituído, o Judiciário não poderia interferir em áreas que não são de sua alçada, cabe ao judiciario respeitar e cumprir as determinações dos outros dois poderes e não ameaçá-los com chantagens.
Fernando M., Vancouver (Canadá)

Tradicionalmente, a maioria dos políticos brasileiros negocia sua própria honra, sua própria alma em troca de recompensas, como agora, por exemplo, quando, estarrecidos, percebemos que o Brasil praticamente está sem oposição política, quando a maioria dos deputados federais, numa operação sem precedentes do "toma lá, dá cá", aprovaram a reforma da Previdência, extremamente lesiva ao funcionalismo público e aos inativos, o que, com certeza, acentuará a exclusão social. Não podemos culpar totalmente o presidente Lula (como também FHC), uma vez que está agindo conforme determinações do famigerado FMI, que, lamentavelmente, dita quantas pessoas, hoje, vão passar fome, frio e, o que é pior, morrer mundo afora. O presidente Lula, com todo respeito, hoje, está experimentando do "veneno" que aspergiu quando na oposição. Ele deve estar dizendo: "como era gostoso ser oposição!". Meu querido Brasil, tenho pena de ti pelos filhos que tens! Ainda quero acreditar que o presidente Lula, em quem o Brasil inteiro depositou esperança, fará sorrir a todos nós.
Francisco Manoel da Rocha Neto, Palmas (TO)

Discordo da reforma da Previdência como se pretende. É um desrespeito ao povo brasileiro, principalmente aos pensionistas e inativos, além de penalizar o nosso Judiciário, tão sobrecarregado pelo sistema inadequado de que o Brasil dispõe. Afirmo ainda que é uma ironia do destino que o presidente Lula proponha esta reforma quando o mesmo foi aposentado por invalidez aos 37 anos de idade. Motivo: perda de um dedo. Até onde sei, ele deveria ser indenizado por um acidente de trabalho.
Sandro Crispim Gonçalves, João Pessoa (PB)

Concordo sim e é necessária sua aprovação. Os protestos são movimentos egoístas de categorias e indivíduos preocupados apenas consigo mesmos.
Olavo Rigon, Brasília (DF)

Acredito que o texto original era o que deveria ser aprovado. No entanto, o governo demonstra flexibilidade nas negociações. Acredito que todos são iguais e a ordem de valores vem mudando no mundo (a responsabilidade que um magistrado, um servidor na area de saúde, na area de educação e da iniciativa privada têm com a sua família e um lavrador é a mesma).
Carlos Augusto Siqueira De Menezes Filho, Estância (SE)

No Brasil, é muito difícil acabar com os previlégios de alguns. A maioria está preocupada com o seu benefício, não importando de onde vêm os recursos. O bom é que já estamos mudando a situação atual, que é insustentável.
Jorge Luis Fuhrmann, Penápolis (SP)

Bem, foi dado o primeiro passo para que se possamos fazer alguma coisa. Devemos deixar de lado um pouco nosso ceticismo e tentar buscar tirar o melhor proveito da reforma, já que foi aprovada na Câmara. Lógico que não podemos comparar o salário de um juiz com o de um pedreiro, mas o que podemos fazer é que de cada um tenha descontada a quantia equivalente para garantir uma aposentadoria integral, a qual será descontada proporcionalmente com o rendimento de cada um. Acho errado também que deva ser descontado do inativo ou do pensionista, pois este já contribuiu para que pudesse se aposentar ou deixar um pensionista, se não for possível fazer com que seja descontado proporcional ao salário de cada um!
Anderson Vanoni, Medianeira (PR)

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