terça-feira, 26 de novembro de 2013

MICHELLE BACHELET, APÓS TER FEITO EXCELENTE GOVERNO , DEVE VOLTAR AO POSTO MÁXIMO DA POLÍTICA CHILENA. ELA PLANTOU E AGORA VAI COLHER OS BONS FRUTOS !!!

  • | N° Edição: 2297
  • | 22.Nov.13 - 16:50
  • | Atualizado em 25.Nov.13 - 07:34


  • "O DISCURSO CERTO DA ELEIÇÃO"
    Carlos José Marques, diretor editorial

    São várias as lições que o Brasil pode tirar do recente pleito, em primeiro turno, para a eleição do novo presidente do Chile. A começar pela maior demanda que fez a diferença na disputa: o interesse na educação pública gratuita. Os eleitores chilenos foram às urnas com o país vivendo em condições bem especiais, esbanjando saúde econômica, com poucas queixas sobre desmandos administrativos. No plano dos indicadores, o PIB interno vinha crescendo à média de 5% ao ano, o desemprego encontrava-se baixo (menos de 5,7%) e a inflação, controlada na meta. Mesmo assim, com tamanho conjunto de fatores favoráveis, a candidata da situação saiu para um segundo turno em desvantagem frente à oposicionista Michelle Bachelet, franca favorita a voltar ao cargo que já ocupou entre 2006 e 2010. O que teria acontecido? Em condições normais, é fácil concluir que quem detém o controle da máquina, apresentando bons resultados, possui maior arsenal para a vitória. Foi assim historicamente em várias partes do mundo. Mas, para um povo há anos acostumado com a estabilidade e que na última década ingressou em massa no mercado de consumo, as aspirações ganham outro patamar. Estão mais ligadas a conquistas sociais e melhoria de vida. É nesse plano que se encaixa a bandeira do ensino gratuito de qualidade, prometido em plataforma de campanha por Bachelet. O Chile, de maior renda per capita da América Latina, quer subir degraus de desenvolvimento com a mais eficaz das armas: a educação. Em paralelo a ela, ou diretamente vinculada, está a proposta de reforma tributária e constitucional que, ali, pela intenção da ex-presidenta Bachelet, deverá elevar de 20% para 25% o imposto às grandes empresas justamente para arcar com o ensino gratuito. Em outras palavras, será a iniciativa privada a grande responsável pelo suporte financeiro ao novo modelo de educação discutido. O objetivo fim dos chilenos é diminuir a desigualdade social. Um desejo que encontra ressonância direta aqui mesmo no Brasil. As circunstâncias e o estágio de conquistas econômicas lá e aqui são semelhantes. Também para os brasileiros o desemprego anda baixo. Milhares deles ascenderam à classe média e estão podendo comprar produtos nunca antes imaginados. As conquistas sociais com o Bolsa Família e agora com o programa “Mais Médicos” estão fazendo a diferença. E quem entre os candidatos presidenciais conseguir o melhor discurso, com programas que efetivamente diminuam a desigualdade, deverá levar nas urnas.

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