quinta-feira, 27 de junho de 2013

ATIVISTAS DE CAMPINAS APERTAM O CERCO AOS VEREADORES POR SUAS PRERROGATIVAS INSTITUCIONAIS: FISCALIZAR OS ATOS DO EXECUTIVO E ELABORAR PROJETOS DE MELHORIAS SOCIAIS. NA PAUTA DO MOVIMENTO ESTÁ A REDUÇÃO DAS TARIFAS DOS ÔNIBUS URBANOS. CIDADÃOS SÃO ELEITOS PARA A CÂMARA E DEPOIS VÃO COMER NAS MÃOS DO PREFEITO.

Ato cobra da Câmara respostas ao pacote


iG Paulista - 26/06/2013 23h26 |
Bruna Mozer e Felipe Tonon | igpaulista@rac.com.br



Foto: Edu Fortes/AAN
Guardas municipais fizeram cordão de isolamento dentro da Câmara
Guardas municipais fizeram cordão de isolamento dentro da CâmaraUm grupo com cerca de 200 manifestantes esteve nesta quarta-feira (26) na Câmara de Campinas para cobrar uma posição dos vereadores quanto ao pacote de reivindicações apresentado na última segunda-feira (24) sobre o transporte público, que inclui, entre os nove itens, a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a redução da tarifa para R$ 2,85, a gratuidade para estudantes universitários, passe livre para desempregados e a municipalização do sistema.

Pela primeira vez, em quase uma semana de protestos em Campinas, não houve atos de vandalismo durante a manifestação, nem enfrentamento ou agressões. Foi autorizada a entrada de apenas cem pessoas no plenário e parte dos manifestantes ficou de fora. Mesmo com a pressão do movimento, os vereadores da base aliada não cederam aos pedidos e se recusaram a assinar o documento para abertura da CPI. Na manhã desta quinta-feira (27) será realizada uma reunião no Legislativo entre o secretário de Transportes, Sérgio Benassi, representantes do movimento e vereadores.
O ato desta quarta foi convocado às pressas pela Frente Contra o Aumento da Passagem — que lidera os protestos relacionados ao transporte público — para aumentar a pressão contra os parlamentares. O prazo para que a Câmara responda às reivindicações vence amanhã. Porém, preocupados em não encontrar os vereadores durante o recesso — que começa na segunda —, o grupo se mobilizou durante a tarde para acompanhar a sessão.

Três horas antes, parte dos ativistas visitou os gabinetes e tentou colher assinaturas dos vereadores, mas não conseguiram adesão. Eles chegaram a filmar as abordagens e devem divulgar as respostas na internet. O protesto, que deve acontecer nesta sexta (28), marca o fim do prazo dado à Câmara para responder às reivindicações.

Constrangimento

Um a um, os vereadores eram chamados pelas pessoas que protestavam com faixas e cartazes no plenário, aos gritos de "assina". Acuados, eles tentavam explicar os motivos de não terem apoiado a abertura dos trabalhos para investigar possíveis irregularidades na concessão do transporte público em Campinas e aumento excessivo na tarifa. Visivelmente constrangidos, em boa parte da sessão, o plenário ficou esvaziado. Muitos vereadores evitavam chegar próximo à grade que separa a plateia para evitar abordagem dos manifestantes. Alguns chegaram a deixar o local várias vezes. Em diversos momentos da sessão houve falta de quórum, mas diferentemente dos dias comuns — quando pedem a contagem — evitaram assumir o ônus de encerrar a sessão diante da pressão dos manifestantes.

Para acuar os parlamentares, os ativistas gritavam nomes e pediam, a todo momento, a abertura da CPI. Vereadores como Gustavo Petta (PCdoB), conhecido por sua liderança em movimentos estudantis, teve seu nome diversas vezes pronunciado aos gritos. Thiago Ferrari (PTB), que já foi subprefeito de Barão Geraldo, também chegou a ser alvo da plateia.
A bancada tucana tentou afinar o discurso, uma vez que Artur Orsi (PSDB) já havia sinalizado disposição em assinar a favor da comissão. Embora componha a base de governo na Câmara, na semana passada, em discurso inflado em sessão, Orsi se indispôs com os vereadores aliados ao prefeito Jonas Donizette (PSB), ao demonstrar apoio às investigações. "Vamos fechar a questão no partido para ter um consenso" , disse Luiz Henrique Cirilo (PSDB).
Para evitar uma CPI, a Câmara quer levar a apuração das planilhas de custo do transporte apresentado pelas empresas — que justifica aumento da passagem e o valor do subsídio feito pelo governo — para a Comissão de Mobilidade Urbana, que não tem prerrogativa de exigir, por exemplo, depoimentos. "A oposição assinou, eu não vou assinar. Nós vamos fazer o estudo" , disse o vereador Carmo Luis (PSC), presidente da comissão. Ele afirmou que irá propor um estudo detalhado das planilhas de custos apresentados pelas empresas que operam no transporte público de Campinas. O parlamentar, que é da base aliada, disse, sem cerimônia, que a abertura de uma CPI agora, pode prejudicar o governo Jonas. "Precisamos resguardar o governo nesse momento."

OBS: ATRÁS DESSE "RESGUARDAR O GOVERNO", DEVE TER PARENTES E AMIGOS DO VEREADOR PENDURADOS EM CABIDES DE EMPREGOS DA PREFEITURA. SÃO VERDADEIROS CAMALEÕES, ESSES VEERADORES. EM NOSSA CIDADE DE INDAIATUBA, CERTAMENTE OCORREM FATOS COMO ESSE. A ESMAGADORA MAIORIA EM NOSSA CÂMARA TAMBÉM TRABALHA PARA RESGUARDAR O GOVERNO, MAS SEMPRE EXISTE A TROCA DE FAVORES, COM OS CABIDES SENDO OCUPADOS POR PESSOAS DAS RELAÇÕES DOS VERADORES E COM ISSO, O PREFEITO NÃO CORRE RISCOS DE SURPRESAS DESAGRADÁVEIS.


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