sexta-feira, 28 de junho de 2013

NO RIO GRANDE DO SUL, TARSO GENRO TRABALHA PARA IMPLANTAR O PASSE LIVRE AOS ESTUDANTES. ELE JÁ FOI PREFEITO DE PORTO ALEGRE, MINISTRO DA EDUCAÇÃO, MINISTRO DA JUSTIÇA E COMO GOVERNADOR QUER CONTRIBUIR PARA A SOLUÇÃO DESSA QUESTÃO LEVANTADA PELO POVO NAS RUAS. TUDO QUE FOR FEITO NESSE SENTIDO SERÁ BOM.

Opinião28/06/2013 | 04h16

Rosane de Oliveira: "Aposta no passe livre"



Rosane de Oliveira
Desde a semana passada, o governador Tarso Genro vinha flertando com a proposta do passe livre estudantil como resposta às manifestações populares. A presidente Dilma Rousseff não encampou sua sugestão, mas o senador Renan Calheiros comprou a ideia para ficar bem com os estudantes que pedem sua saída da presidência do Senado. Sem respaldo federal, Tarso resolveu apresentar o passe livre à moda gaúcha: restrito apenas a estudantes que moram numa cidade e estudam em outra da Região Metropolitana, do Litoral Norte e dos eixos Pelotas-Rio Grande e Bento Gonçalves-Caxias do Sul.

A ideia do passe livre é sedutora: tudo o que puder ser feito para facilitar a vida dos estudantes é bom para a educação. A questão é saber como pagar a boa ação. O Rio Grande do Sul é um Estado com as finanças combalidas, que nem sequer paga o piso do magistério na forma decidida pela Justiça. Tem como financiar a isenção por um tempo, se usar parte dos recursos dos depósitos judiciais, mas pode enfrentar problemas de sustentabilidade no futuro.
Outro problema é o alcance da medida. No início, Tarso deu a entender que valeria para todos os estudantes. Na segunda-feira, falou em “corte de renda”, para excluir do subsídio os estudantes das classes mais abastadas. Ontem, depois de ele anunciar a medida de forma genérica, o Palácio Piratini esclareceu que o passe livre custará R$ 10 milhões por ano e será restrito a quem vive em uma cidade da Região Metropolitana e estuda em outra.
A continuar assim, ficará caracterizada uma discriminação entre os estudantes dessa região e outros, igualmente carentes, que vão de ônibus para as universidades de Passo Fundo, Santa Maria, Ijuí, Cruz Alta e de outros centros regionais.
Tarso disse que não incluiu o passe livre nos ônibus urbanos porque o sistema de transportes é de responsabilidade dos municípios, nem no trensurb, que é da União. Mas deu discurso para a vereadora Sofia Cavedon (PT), que tenta aprovar na Câmara uma ampliação das gratuidades para estudantes.

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