quarta-feira, 19 de junho de 2013

UNICAMP BRILHA MAIS UMA VEZ. O BRASIL TEM UM COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO DE NOSSA JUVENTUDE, MAS ANTES, PRECISA MELHORAR E MUITO A EDUCAÇÃO BÁSICA, PARA QUE NOSSAS CRIANÇAS AO CRESCEREM JÁ CARREGUEM ÓTIMA BAGAGEM DE CONHECIMENTOS. ASSIM, FICARÁ MAIS FÁCIL SUA ENTRADA NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS COMO A UNICAMP.

Unicamp é a única universidade brasileira entre as 100 melhores 'novatas' do mundo


Levantamento analisa instituições de ensino com menos de 50 anos de criação


19 de junho de 2013 | 17h 04

Davi Lira - O Estado de S. Paulo

No ranking inglês, a Unicamp ficou em 28º lugar; ano passado, ela estava na 44ª posição - Divulgação/Unicamp
Divulgação/Unicamp
No ranking inglês, a Unicamp ficou em 28º lugar; ano passado, ela estava na 44ª posição
O ranking das 100 melhores universidades do mundo com menos de 50 anos de fundação, divulgado pela prestigiosa publicação inglesa Times Higher Education (THE), coloca a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) como a única representante brasileira no top 100. Nesta segunda edição anual do ranking, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) não aparece no levantamento - em 2012, a instituição estava na 99ª posição.
O levantamento atual de jovens universidades em ascensão divulgado pelo THE coloca a Unicamp na 28ª posição. Ano passado, a instituição ocupava o posto de número 44. Ela é não apenas a única representante do Brasil, como a única instituição da América Latina e também entre os países do BRIC - que inclui Rússia, Índia e China - a aparecer no top 100.
"A disparada da Unicamp para o 28º posto do ranking prova que ela é uma das mais jovens e vibrantes universidades do mundo", afirma, em nota, Phil Baty, editor da unidade de rankings da publicação.
Para a elaboração e ranqueamento das instituições, a Times cria indicadores para analisar itens como a qualidade no ensino, a relevância das pesquisas científicas produzidas, a inovação e o nível de internacionalização das universidades.
 

A Universidade de São Paulo (USP), presença constante em outros rankings internacionais, não aparece na lista. A instituição que iniciu suas atividades em 1934, possui mais de 50 anos de criação.

No mundo

Entre as 100 instituições novatas que fazem parte do ranking, a Universidade de Ciência e Tecnologia de Pohang, na Coreia do Sul, aparece pela segunda vez com a melhor instituição. Confira abaixo as top 10 do ranking da THE:
1 - Pohang University of Science and Technology (Coreia do Sul)
2 - École Polytechnique Fédérale of Lausanne (Suiça)
3 - Korea Advanced Institute of Science and Technology (Coreia do Sul)
4 - Hong Kong University of Science and Technology (Hong Kong)
5 - University of California (Estados Unidos)
6 - Maastricht University (Holanda)
7 - University of York (Grã-Bretanha)
8 - Nanyang Technological University (Cingapura)
9 - Université Pierre et Marie Curie (França)
10 - Université Paris-Sud (França)



Já, quando a análise é categorizada por países, a Grã-Bretanha (18), Austrália (13) e os Estados Unidos (8) têm a maior quantidade de universidades listadas no top 100. Ou seja, além de desenvolvidos, ambos os países possuem a língua inglesa em comum.
"O inglês é um fator determinante para a difusão do conhecimento científico. No Brasil, nossos pesquisadores ainda têm dificuldade em escrever um artigo em inglês. Isso é problemático", fala Claudio de Moura Castro, ex-diretor da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) - agência federal de fomento.
Unicamp


 
Alunos da Unicamp caminham pelo câmpus (Divulgação)

Para o ex-pró-reitor de graduação da Unicamp Marcelo Knobel, a autonomia da universidade é um dos principais aspectos que justificam a boa colocação no ranking.
"Com a autonomia financeira, as universidades paulistas precisaram repensar a maneira como utilizavam os recursos para investimento em sua própria melhoria", fala Knobel, que é professor titular da instituição.
 

Segundo ele, com o Projeto Qualidade foi possível melhorar a qualificação do corpo docente. "Hoje 99% dos nossos professores são doutores. Nenhum docente é contratado sem doutorado e procuramos selecionar, sempre que possível, aqueles que têm experiência internacional", diz Knobel.
Mesmo elogiando a atual situação da universidade, o estudante do 3º ano de Medicina André Citroni, ainda critica outros aspectos que precisam melhorar na instituição. "O acesso a cursos como o de Medicina precisa ser mais democrático. E as políticas de permanência estudantil, como a construção de mais moradias e restaurantes universitários, precisam ser ampliadas", diz Citroni, que também é membro Centro Acadêmico da Unicamp - órgão de representação estudantil.
Uma das salas de aulas da Unicamp (Divulgação)

RAIO-X Unicamp
Ano de criação: 1966
Cursos de graduação: 67
Alunos matriculados: 18.026
Cursos de pós-graduação: 140
Alunos matriculados: 22.824
Professores: 1.739
Docentes com doutorado: 99%
Fonte: Unicamp (2012)

 

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