sexta-feira, 21 de junho de 2013

SAÍDA DO MPL DAS RUAS INDICA QUE TEMOS UM GRUPO INTELIGENTE E ATENTO AOS FATOS NACIONAIS. OS POLÍTICOS PROFISSIONAIS QUE SE PREPAREM .......PAÍS RICO NÃO É AQUELE ONDE POBRE ANDA DE CARRO, MAS SIM, AQUELE ONDE OS RICOS ANDAM EM TRANSPORTES PÚBLICOS DE QUALIDADE..


21/06/2013 11h51- Atualizado em 21/06/2013 12h22

MPL diz que não convocará novos protestos em São Paulo

Líder do movimento afirmou nesta sexta que 'objetivo inicial foi cumprido'.
Em nota durante a madrugada, grupo criticou violência em manifestações.

Do G1 São paulo

Post do MPL no Facebook
(Foto: Reprodução / perfil do MPL no Facebook)

O Movimento Passe Livre São Paulo (MPL-SP) informou, nesta sexta-feira (21), que não convocará novas manifestações pela cidade. A decisão ocorre dois dias depois da revogação do aumento da tarifa do transporte público no estado, nesta semana.
"A gente conquistou uma vitória para a cidade, que foi a revogação do aumento, e está claro que foi fruto da mobilização convocada pelo Movimento Passe Livre. O objetivo inicial foi cumprido e não tem sentido a gente continuar chamando manifestações", disse Lucas Monteiro, um dos líderes do movimento, em entrevista ao SPTV. De acordo com Lucas, o movimento vai continuar fazendo atividades relacionadas ao transporte, mas "neste momento não vai chamar novas manifestações".
Na madrugada desta sexta, o MPL havia divulgado uma nota na rede social Facebook criticando a violência contra grupos que não pertencem ao MPL e que também participaram da marcha desta quinta-feira (20) nas ruas de São Paulo.

Segundo post, o MPL presenciou “episódios isolados e lamentáveis de violência contra a participação de diversos grupos” durante a manifestação. De acordo com a nota, o MPL é “um movimento apartidário, mas não antipartidário” e repudiou os atos de violência direcionados a essas organizações ao longo da passeata que comemorou o recuo do governo na questão do preço das passagens de ônibus, metrô e trens na capital paulista.
Na quinta-feira, além do ato convocado pelo MPL na Avenida Paulista, outras manifestações foram realizadas por diferentes grupos que ocuparam ruas em bairros e chegaram a interditar também as rodovias Castello Branco, Anhanguera, Anchieta e Rodoanel durante a noite.
(O G1 acompanhou em tempo real as manifestações pelo país, em fotos e vídeos: veja relatos no Brasil inteiro, em São Paulo e no Rio.)
Na Avenida Paulista, o protesto teve marcha pacífica que avançou por diversas ruas da cidade, mas foi marcado por discussões entre manifestantes e representantes de grupos partidários. Uma pessoa ficou ferida.

 Por volta das 23h, quando manifestantes começavam a se dispersar, um homem foi detido pela Polícia Militar (PM) portando coquetel molotov, na esquina da Paulista com a Rua Bela Cintra. Pouco depois, na Alameda Itu, dois foram detidos por pichar um orelhão. Apesar dos incidentes, não houve confrontos ou depredações. De acordo com a PM, a estimativa é que 100 mil pessoas tenham participado do protesto. Membros do Partido dos Trabalhadores (PT) foram hostilizados desde o início da manifestação.

Eis o texto publicado no perfil do MPL no Facebook:

O Movimento Passe Livre (MPL) foi às ruas contra o aumento da tarifa. A manifestação de hoje faz parte dessa luta: além da comemoração da vitória popular da revogação, reafirmamos que lutar não é crime e demonstramos apoio às mobilizações de outras cidades. Contudo, no ato de hoje presenciamos episódios isolados e lamentáveis de violência contra a participação de diversos grupos.
O MPL luta por um transporte verdadeiramente público, que sirva às necessidades da população e não ao lucro dos empresários. Assim, nos colocamos ao lado de todos que lutam por um mundo para os debaixo e não para o lucro dos poucos que estão em cima. Essa é uma defesa histórica das organizações de esquerda, e é dessa história que o MPL faz parte e é fruto.
O MPL é um movimento social apartidário, mas não antipartidário. Repudiamos os atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje, da mesma maneira que repudiamos a violência policial. Desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos.

Toda força para quem luta por uma vida sem catracas.
MPL-SP

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