sexta-feira, 21 de junho de 2013

COM ESSA JUVENTUDE O BRASIL SE RENOVA. NOSSAS LIDERANÇAS ATUAIS, ESTÃO PERDENDO O FOCO E OS NOVOS GANHAM ESPAÇO. É A GANGORRA DOS "TSUNAMIS" SOCIAIS. DENTRO DE 10 A 20 ANOS, NOVOS JOVENS TALENTOSOS COMO ESSES OU ATÉ MAIS, SURGIRÃO E COM ISSO NOSSO BRASIL SE TORNA CADA VEZ, MAIS FORTE. CERTAMENTE SE ESSA EBULIÇÃO OCORRESSE EM OUTRO PAÍS, MUITO SANGUE JÁ TERIA CORRIDO. NOSSOS JOVENS ESTÃO DANDO BELA LIÇÃO AO MUNDO. A REVOLUÇÃO FRANCESA LAVOU A ALMA DO POVO COM SANGUE, A REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917 MUDOU DE DIREÇÃO E ACABOU EM DITADURA FEROZ, QUE NÃO ADMITIA OPOSITORES. A CHINESA CONTINUA TRAVADA, CARENTE DE LIBERDADES PÚBLICAS. ESSA BRASILEIRA, ESTÁ MOLDANDO SEUS CONTORNOS. NOSSOS POLÍTICOS ESTÃO COM AS BARBAS DE MOLHO !!!

Conheça integrantes do MPL que atraíram milhares às ruas em São Paulo

Apesar do Movimento Passe Livre não ter hierarquia, alguns jovens se destacam nas manifestações na capital paulista. Saiba quem são eles

iG São Paulo | - Atualizada às
 
Criado em 2005, o Movimento Passe Livre (MPL) faz militância pela tarifa zero no transporte público e cresce a cada reajuste desde então. Não há hierarquia para garantir voz a todos que queiram discutir o tema, mas cerca de 40 pessoas organizam o grupo. O iG escolheu quatro para retratar as pessoas que estão à frente da organização que levou milhares às ruas e milhões para a causa.São eles:
Arquivo pessoal
Matheus Preis, estudante e negociador do MPL

Matheus Nordon Preis, de 19 anos, estudante de Ciências Sociais
Aos 19 anos, Matheus Preis é da segunda geração do MPL. Ele tinha apenas 11 anos quando o movimento nasceu no Fórum Social Mundial de Porto Alegre, em 2005. Começou a participar das manifestações quando integrava o grêmio estudantil do colégio onde estudava e pouco tempo depois foi aceito como integrante do coletivo que define os rumos do MPL.
Nas manifestações, ele é o responsável por informar à Polícia Militar os trajetos dos protestos. Munido de um rádio transmissor de curta distância e de um telefone celular, ele vai até o comando do policiamento momentos antes do início da saída da marcha, se comunica com os colegas que votam na hora qual trajeto será seguido e informa a decisão aos policiais.
Nem sempre o plano dá certo. Foi o que aconteceu no 6º ato contra o aumento das passagens, terça-feira (18). O rádio falhou, a rede de celular ficou congestionada e Matheus não conseguia se comunicar com o restante do grupo. Foram 20 minutos de apreensão por parte de Matheus e da PM, que o seguia por toda parte entre milhares de manifestantes na Praça da Sé.
iG acompanhou Matheus durante negociação com a Polícia Militar:

Quando o sistema de comunicação voltou a funcionar já era tarde demais. O protesto tinha se dividido em três grupos e se espalhado pela cidade. “Perdemos o controle”, admitiu ele às 18h10. Segundo interlocutores de Matheus na PM, ele impressiona pela calma e maturidade.
“É um excelente garoto. Sabe exatamente o que está fazendo. Não se desespera, é muito firme nas suas posições, mas nunca demonstra agressividade”, disse um oficial. A exemplo de outros representantes do MPL, Matheus evita falar sobre sua vida pessoal. “Já tive problemas por causa disso”, justificou.
Apesar da pouca idade, ele demonstra maturidade política e experiência em manifestações. No ato de terça-feira, ao saber que um grupo de radicais estava na frente da prefeitura, ele e Nina Capello traçaram uma estratégia: “limpar” a sede do executivo municipal fazendo uma espécie de “arrastão”.
Quando atravessava o Largo do Patriarca, Matheus puxou o grito “vem, vem pra rua vem” e seguiu rumo ao Teatro Municipal levando consigo grande parte dos manifestantes e esvaziando a aglomeração em frente à prefeitura. No caminho rumo à rua da Consolação, ele perguntava se a estratégia havia funcionado. Infelizmente um pequeno grupo permaneceu na prefeitura e protagonizou cenas de violência.
Arquivo pessoal
Mayara Vivian, estudante e 'líder' do grupo

Mayara Vivian, de 23 anos, estudante de Geografia e garçonete
O rosto mais visível e presente do MPL. Paulistana, Mayara é estudante do curso de geografia da Universidade de São Paulo (USP) e trabalha como garçonete em um bar na Vila Madalena, na zona oeste. A jovem evita falar de sua vida pessoal e rejeita categoricamente o cargo de líder do movimento, menção que ganhou da imprensa após seis protestos comandados pelo grupo em São Paulo. “Uma coisa é você ser referência, outra coisa é ser liderança”, disse em uma das coletivas que participou.
Embora os integrantes defendam que o MPL é um grupo horizontal - onde “todos têm poder igual de participação” - não é errado associar Mayara como integrante do ‘alto escalão’ do movimento. Presente nos principais desdobramentos dos atos, como reuniões com o secretário de Segurança Pública e o prefeito de São Paulo e coletivas de imprensa, a estudante é claramente respeitada pelos demais companheiros.
Durante a reunião extraordinária com o Conselho da Cidade, na última terça-feira, por exemplo, quatro jovens do grupo tiveram o período de 30 minutos para compartilhar os objetivos do grupo. O discurso de Mayara foi o único que arrancou aplausos e manifestações dos mais de 100 líderes sociais que acompanhavam o evento.
Líder nata, a jovem destacou-se pelo seu tom forte, agressivo e impaciência. A voz rouca, na ocasião já gasta em outros quatro levantes, não foi um problema. “A revogação é para agora, Haddad”, dizia. Em diversos momentos, ainda na reunião do conselho, a jovem foi repreendida pela socióloga da USP Marilena Chauí que a chamava de “mocinha autoritária”.
A crítica veio após inúmeras interrupções que Mayara provocou durante a fala de Haddad, que explicava os fatores que formavam a tarifa do transporte. “Haddad, o que isso tem a ver com o que queremos? Revoga ou não revoga?”, questionava em alto volume causando mal estar entre os presentes. O prefeito então pediu calma. “Mocinha, não! Mayara!”, rebateu a jovem. E ouviu de volta: “Escutar também faz parte da democracia”, encerrou Marilena.
Arquivo pessoal
Lucas Monteiro, responsável pelo material final de divulgação do Movimento Passe Livre, em SP

Lucas Monteiro de Oliveira, de 29 anos, professor
Nos anos 1990, era um adolescente quando a esquerda brasileira protestava contra a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e começou ali sua militância. No ensino médio passou a atuar no Centro de Mídia Independente e quando o Movimento Passe Livre foi criado, em 2005, ele era um dos fundadores mais experientes, embora tivesse apenas 20 anos.
Agora, com 29 anos, dá aulas em um colégio particular no Paraíso e faz mestrado na Universidade de São Paulo (USP), mesmo local em que se graduou em História. Apesar da deliberação por não haver comando no movimento, é um dos principais responsáveis pelo material final de divulgação e redação de artigos com opiniões da organização.
Paulistano, diz que conheceu boa parte da cidade em protesto. “São Paulo tem muita coisa interessante, eu por exemplo gosto muito dos museus, mas a população é excluída da cultura da cidade. Essa é a nossa causa”, diz. “Hoje o que eu mais gosto em São Paulo é do povo que acabou de ganhar essa conquista.”
Divulgação
Nina Cappello, representante escolhida para a 1ª reunião com Haddad

Nina Capello Marcondes, de 23 anos, estudante de Direito
Foi a liderança escolhida pelo Passe Livre para encontrar o prefeito Fernando Haddad na primeira reunião. Também esteve ao lado de Lucas no programa Roda Viva, da TV Cultura, que foi ao ar ao vivo em plena segunda-feira, quando o movimento ganhou a simpatia da maior parte da população e levou mais de 60 mil pessoas para a rua sem sofrer repressão policial.
É estudante de Direito no Largo São Francisco, Faculdade da USP, no Centro Histórico de São Paulo e local que historicamente abriga manifestações do Passe Livre.

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