sábado, 8 de junho de 2013

LULA, UM EXÍMIO COMUNICADOR, CONTINUA SUAS ANDANÇAS PELO MUNDO.

07/06/13
 
“Os pobres deixaram de ser problema e passaram a ser solução na América Latina”, diz Lula em Quito
Lula falou sobre os “Governos progressistas e integração latino-americana". (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula).

Depois de receber a Ordem Nacional de San Lorenzo das mãos do presidente equatoriano Rafael Correa, o ex-presidente Lula falou a uma plateia de mais de duas mil pessoas no Teatro Nacional de la Casa de La Cultura em Quito. Falando de improviso, Lula provocou risos e aplausos diversas vezes.

Lula elogiou a transformação pela qual a América Latina passou nos últimos anos, com crescimento e diminuição das desigualdades. “Quando eu vejo o que aconteceu aqui no Equador, no Uruguai, na Argentina, quando eu vejo um índio governando a Bolívia, eu percebo que valeu a pena acreditar na política”.
O ex-presidente destacou o papel dos governos de esquerda na América Latina, que passaram a olhar os pobres não mais como problema, mas como solução. Contou que o Bolsa Família, que muitos no Brasil chamavam de puro assistencialismo, foi essencial para que o Brasil não sofresse mais com a crise internacional. Teve que enfrentar críticos que diziam que era impossível aumentar o salário mínimo sem aumentar a inflação, e o salário mínimo teve aumento em todos os anos de seu governo, sem causar inflação. Pelo contrário, 36 milhões de pessoas saíram da miséria, 40 milhões ascenderam à classe média, foram criados 20 milhões de empregos formais. “O dinheiro na mão do pobre faz a economia girar, e é por isso que a América Latina dá certo”.

Lula foi convidado a falar sobre o tema “Governos progressistas e integração latino-americana” e um público formado por ministros, parlamentares e militantes de diversos movimentos sociais lotaram o teatro na capital equatoriana. Lula lembrou da época em que todas as atenções dos governos latino-americanos estavam voltados apenas para Estados Unidos e Europa. “A corrente comercial no Mercosul era de apenas 10 bilhões de dólares. Dez anos depois está em 50 bilhões. Na América do Sul, subimos de 15 para 70 bilhões; e, na América Latina, de 20 para mais de 90 bilhões”.
Mas essa integração não pode ser apenas comercial, como destacou o ex-presidente. Depois que deixou a Presidência e fundou o instituto que leva seu nome, um dos principais objetivos do ex-presidente é trabalhar pela integração latino-americana. “É preciso criar uma doutrina de integração latino-americana. Por isso estou me dedicando a falar com estudantes, sindicalistas, intelectuais, empresários, movimentos sociais…”.
Como havia feito em um encontro com jovens em Lima, no Peru, Lula terminou sua fala incentivando os equatorianos a participarem da política. “Muitos têm preconceito contra a política, dizem que não gostam de política. Mas saibam que fora da política não há solução. Todas as vezes em que a humanidade renegou a política, o que veio depois foi muito pior”. E continuou: “O político perfeito que nós queremos não precisa estar dentro do outro, pode estar dentro de nós. A América Latina necessita muito de vocês para que nunca mais haja retrocesso”.
(Instituto Lula)

 

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