sábado, 6 de julho de 2013

O MES DE JUNHO JÁ FAZ PARTE DA HISTÓRIA DO BRASIL. CERTAMENTE OS HISTORIADORES SE DEBRUÇARÃO SOBRE ESSES ACONTECIMENTOS, RIQUÍSSIMOS DE FATOS SOCIAIS. ISOLANDO OS ACONTECIMENTOS DE SAQUES, NOSSO PAÍS DEU BELO EXEMPLO DE CIDADANIA AO MUNDO. QUANDO UM POVO SEM UMA LIDERANÇA CARISMÁTICA SE LEVANTA E AOS MILHARES SAEM EM PROTESTO, OS DIRIGENTES DEVEM "POR AS BARBAS DE MOLHO". NÃO SE FAZ PROTESTO NESSE NÍVEL, SEM MOTIVAÇÃO. NOSSO GOVERNO COMO AFIRMA NA ENTREVISTA PEPE VARGAS, SE DISTANCIOU DO POVO. É CHEGADA A HORA DA REAPROXIMAÇÃO. DILMA PROPÔS UMA CONSULTA Á POPULAÇÃO. ELA QUER REUNIR AQUELE CALDO DE CULTURA POLÍTICA E TRANSFORMÁ-LO EM NOVOS ATOS ADMINISTRATIVOS, INDO NA DIREÇÃO DOS ANSEIOS DA MASSA. SAUDÁVEL SUA INICIATIVA. OS POLÍTICOS FICAM RECEOSOS, POIS A MASSA NAS RUAS DO PAÍS, FOI UMA CRÍTICA À INCOMPETÊNCIA DOS DIRIGENTES LEGISLADORES E JUNTO, DENUNCIARAM A CORRUPÇÃO QUE LAVRA NA CLASSE DIRIGENTE. ANO QUE VEM, DEVEREMOS TER UMA BELA LIMPEZA EM NOSSOS PARLAMENTOS. OS BRASILEIROS JÁ SABEM A FORÇA QUE TEM.

'Quem é que tem medo do que o povo pode decidir?'


Entrevista com Pepe Vargas, ministro de Desenvolvimento Agrário

06 de julho de 2013

Venilson Ferreira / Brasília - O Estado de S.Paulo

O ministro de Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, defendeu ontem o plebiscito sobre a reforma política ainda neste ano e criticou a oposição. Para Vargas, o Brasil tem pouca consulta popular. O petista esteve à tarde com Dilma Rousseff no Planalto. Nesta entrevista, ele comenta as manifestações pelo País e faz uma autocrítica: uma vez no poder, o PT se distanciou dos movimentos sociais.

Até novembro, o PT passará por uma campanha interna para a escolha do novo presidente. É o melhor momento?

O PED (Processo de Eleições Diretas) de 2005 (o ano em que eclodiu o escândalo do mensalão) também foi um momento de turbulência. Foi um momento importante de coesão partidária. É lógico que quem está fora entende as nossas disputas internas como fratricidas. Mas elas não são. O PED de 2005 deu argumentos para a nossa militância fazer a defesa do governo Lula. Deu argumentos para a gente organizar o partido e a militância para construir a vitória de 2006. Eu acredito que o PED 2013 tem esse papel estimulador.

Será um momento de se fazer uma autocrítica?

O PT precisa debater também o fato de ele ter crescido nas institucionalidades. Isso fez com que se distanciasse dos movimentos sociais, de norte a sul. É muito comum o PT ganhar a prefeitura e os principais quadros do PT naquele município irem para a prefeitura. O partido fica com dirigentes sem tanta experiência. Parte dos dirigentes dos movimentos sociais também vai para o governo. Isso por um lado é bom porque dá uma oxigenada nas direções dos partidos, mas por outro lado tira a experiência e capacidade de formulação. É comum ver um companheiro chegar ao governo e começar a achar que o sindicato passa a ser um incômodo, um estorvo que fica levantando reivindicações.

Como avalia a rejeição a partidos nas manifestações?

Para uma parcela dessa juventude, o PT se transformou num partido igual a outros. Cabe a nós fazermos a autocrítica. Por isso a presidente Dilma tem mérito ao propor o plebiscito.

Mas até petistas dizem que nas manifestações não há o pedido de reforma política.

Ninguém lá na rua estava com faixas de reforma política, mas quando as pessoas dizem "você não me representa", "o partido não me representa", não é uma crise política? Não é uma necessidade de uma reforma política? Nosso País faz pouco plebiscito e pouco referendo. Além disso, é uma sonora bobagem, desrespeito ao povo, uma subestimação da capacidade das pessoas achar que elas não têm capacidade de responder a um plebiscito porque é um assunto técnico.

O PT não ficou isolado nessa questão do plebiscito?

Se a gente defende a democracia, não pode achar que cada vez que o Executivo apresenta uma proposta cria uma crise institucional. A soberania de decidir sobre isso é do Congresso. Se houver disposição política, há tempo hábil para fazer um processo de consulta à população para valer na próxima eleição.

O plebiscito não é tentativa de mudar o foco dos problemas?

Esse é o argumento de quem tem medo de que o povo se manifeste. Esse é o argumento de quem defende uma democracia restrita. Quem é que tem medo do povo? É um debate meio esquizofrênico defender a democracia e ter medo de que o povo possa participar e decidir. E o argumento de que o povo não tem capacidade de decidir passa a ser elitista. Estão chamando o povo brasileiro de idiota.



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