quarta-feira, 10 de julho de 2013

SENADO SEGUE CÂMARA, QUE REJEITARA A CONVOCAÇÃO DE CONSULTA Á POPULAÇÃO E REJEITA A EXTINSÃO DO 2º SUPLENTE DE SENADOR. A QUESTÃO DA SUPLÊNCIA NO SENADO É UMA VERGONHOSA TRAMA EM QUE PREDOMINA O COMPADRÍO, A TROCA DE INTERESSES ENTRE OS ENVOLVIDOS. MUITAS VEZES, EMPRESÁRIOS FINANCIAM A CAMPANHA DO SENADOR E SERÃO SEUS SUPLENTES, ASSIM COMO A COLOCAÇÃO DE PARENTES .O EX-SENADOR (GORILA DA DITADURA) ACM, TINHA COMO SEU SUPLENTE, SEU PROPRIO FILHO. HOJE TEMOS NO SENADO 16 SENADORES QUE NÃO RECEBERAM 1 (UM) SÓ VOTO E ESTÃO LÁ, RECEBENDO R$ 70.000,00 (SUBSÍDIOS + REGALIAS) POR MES E OBEDECENDO AS ORDENS DOS ELEITOS. NA FOTO, O SENADOR RENAN CALHEIROS QUE JÁ TEVE QUE RENUNCIAR A UM MANDATO PARA NÃO SER CASSADO POR CORRUPÇÃO E HOJE PRESIDE O SENADO.

Senado ignora ruas e derruba PEC que acabava com segundo suplente

Projeto moralizador que tentava responder a protestos precisava de 49 dos 81 votos da Casa, mas obteve 46

09 de julho de 2013 | 22h 37
Ricardo Brito - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O plenário do Senado rejeitou uma proposta de emenda à Constituição que acabava com a figura do segundo suplente e proibia parentes na chapa, um projeto que respondia à pauta das ruas. A proposta recebeu 46 votos favoráveis, 17 contrários e uma abstenção. Faltaram apenas três votos para que fosse aprovada, pois para uma emenda constitucional passar são necessários 49 votos o necessários. A ausência de 16 senadores também ajudou a enterrar o projeto porque a ausência é como se fosse um voto não.
 
A derrubada da proposta contou com o decisivo apoio dos suplentes. Dos 16 que estão no exercício do mandato, oito foram contrários à aprovação da PEC: Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), Ataídes Oliveira (PSDB-TO), Clésio Andrade (PMDB-MG), Eduardo Lopes (PRB-RJ), Gim Argello (PTB-DF), Ruben Figueiró (PSDB-MS), Wilder Morais (DEM-GO) e Zezé Perrella (PDT-MG). Um nono voto pode ser contabilizado para derrotar a matéria, já que o senador Sérgio Souza (PMDB-PR) absteve-se na votação. Este último é suplente da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil).
A proposta, de autoria do ex-presidente da Casa José Sarney (PMDB-AP), estabelecia que o primeiro suplente assumiria a vaga do titular. No caso dos afastamentos temporários, como licenças para tratamento de saúde ou para ocupar cargos de ministros de Estado ou secretário estadual, o suplente ficaria no mandato até o momento do retorno do titular. Na hipótese de afastamento definitivo, o novo senador seria escolhido nas eleições subsequentes.
Durante os debates, o senador Luiz Henrique (PMDB-SC), relator da proposta, disse que o objetivo da matéria era "absolutamente louvável". "Estamos desencadeando aqui o início da reforma política que o povo clamou nas ruas", afirmou. O peemedebista disse que atualmente há "pouca transparência" atualmente na escolha dos suplentes. A reação à emenda não foi só dos suplentes. O senador Roberto Requião (PMDB-PR) a qualificou de "bobagem".
O senador Eduardo Lopes, suplente do ministro da Pesca, Marcelo Crivella, disse que em "todas as cenas" que viu das manifestações ninguém estendeu uma faixa para "tirar o suplente". "Eu não me considero um suplente de senador, me considero senador suplente", protestou Lopes, que disse ter feito campanha.


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário