França comemora o Dia da Bastilha
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Participam do desfile cerca de 5 mil homens e mulheres dos exércitos. Presidente Holland liderou comemoração
A França celebra durante todo o domingo (14), com desfile e show de fogos, o Dia da Bastilha. Esta é a segunda vez que o presidente François Hollande liderou uma parada militar desde que assumiu o cargo, no ano passado.
Saiba mais: A verdade por trás da festa da queda da Bastilha

Queda da Bastilha
Comemorações do dia da Bastilha, neste domingo (14)
A queda da Bastilha foi um evento central da Revolução Francesa, ocorrido em 14 de julho de 1789. Embora a Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão contivesse, à época, apenas sete prisioneiros, sua queda é tida como um dos símbolos da revolução e tornou-se um ícone da República Francesa.
Veja as comemorações em outros anos:
2010:França comemora Dia da Bastilha sob forte chuva
2012: França comemora o Dia da Bastilha
Cinema: Léa Seydoux injeta vida em drama de época "Adeus, Minha Rainha"

François Hollande disse que não haverá exploração de gás de xisto durante seu mandato, depois que um ministério do governo propôs a criação de uma companhia destinada à extração desta alternativa forma de gás. "Enquanto eu for presidente, não haverá exploração de gás de xisto na França", disse Holande à France 2 TV em uma entrevista ao vivo depois das celebrações do Dia da Bastilha.
A França proibiu a exploração de gás de xisto sob preocupações sobre o impacto no ambiente.
* Com Reuters
Queda da Bastilha
A queda da Bastilha foi o evento decisivo para o início da Revolução Francesa de 1789. A Bastilha era uma velha fortaleza construída em 1370, utilizada pelo regime monárquico como prisão de criminosos comuns. Na regência do Cardeal Richelieu, porém, o prédio foi transformado em prisão de intelectuais e nobres, especialmente os opositores à ordem estabelecida, seja em relação à monarquia, sua política ou mesmo à religião católica, oficial no período monárquico.
A invasão da fortaleza pelo povo de Paris, em 14 de julho de 1789 é a data referencial para marcar as comemorações da Revolução Francesa. Apesar de ser uma prisão, na data em que foi invadida esta contava apenas com sete presos. A tomada da fortaleza tinha o aspecto prático de resgatar as armas que haviam em seu interior, e também o aspecto simbólico de ocupar um dos expoentes máximos do absolutismo.

Diante dessa situação de falta de representabilidade política, somada à dilapidação dos cofres públicos promovida pela nobreza e pelo clero, aos problemas econômicos enfrentados pelo país na época (devido à participação francesa na guerra de independência dos Estados Unidos somada às colheitas deficitárias ocorridas naqueles últimos anos), a situação torna-se insustentável, o que lança o povo contra o governo de modo dramático, tomando o controle do país à força.
Esta tomada de posição das classes mais humildes irá tomar da classe burguesa o comando pelas reformas no país. É assim que, a 25 de agosto do mesmo ano de 1789, a revolução em curso aprova a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, documento de inspiração iluminista que marca o declínio dos traços do sistema feudal ainda vigente no país, defendendo direitos considerados atualmente básicos e fundamentais, como direito à liberdade, igualdade perante à lei, inviolabilidade da propriedade privada e resistência a qualquer tipo de opressão.
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