terça-feira, 4 de junho de 2013

DR. ANTONIO ERMÍRIO DE MORAES, UMA FIGURA LENDÁRIA ENTRE OS EMPRESÁRIOS BRASILEIROS

O crítico de todos os governantes


Biografia explora as relações e as queixas de Antonio Ermírio com os políticos brasileiros


03 de junho de 2013

     
O governo Lula dava seus primeiros passos, em 2003, quando um ícone do empresariado brasileiro, Antonio Ermírio de Moraes, deu sua primeira estocada: "A ideia do Fome Zero é péssima. Deviam estar focados no Desemprego Zero". A meio caminho do governo, outra cobrança: "Se eu tivesse de despachar com 35 executivos, estaria perdido". Antes, atazanava Fernando Henrique Cardoso por privatizar empresas ajudando os compradores com dinheiro do BNDES. Sobre os anos de Fernando Collor, era curto e direto: "Não sou psiquiatra para fazer uma análise dessas".

Esse criador de frases, sonhador e crítico, milionário e mal vestido, é o foco de Antonio Ermírio, Memórias de um Diário Confidencial, livro que o professor José Pastore lança amanhã, pela Editora Planeta. O que vem à tona em 350 páginas é o empresário que, além de abrir fábricas, distribuía provocações e ironias - em especial, tendo políticos como alvo.
Pastore aproveitou 35 anos de amizade e as pilhas de documentos e bilhetinhos que reuniu de Ermírio - afastado da vida pública e do trabalho em consequência de hidrocefalia e mal de Alzheimer - para traçar um perfil que junta "seus valores, seus princípios, suas preferências, suas idiossincrasias e até sua teimosia, seu autoritarismo e suas explosões - em geral seguidas por pedidos de desculpa".
Do menino brincando no Pacaembu, nos anos 30, ao patrão de 60 mil empregados do Grupo Votorantim na década de 90, os capítulos mostram o marido, o pai, o empresário, o político e o dramaturgo. Um homem que montou um império nas áreas de mineração, siderurgia, celulose, cimento, energia e finanças e por fim, um tanto desgostoso, enveredou pelo teatro.
Pastore traz detalhes inéditos da disputa de Ermírio pelo governo paulista em 1986, vencida por Orestes Quércia. Um dos últimos capítulos foi um "não" ao PFL, que ofereceu apoio em troca um terço das secretarias estaduais, todas com porteira fechada.
O livro relata momentos de coragem, como a briga com um alto governante, no regime militar. Brasília pediu-lhe que desmentisse uma crítica. "Não vou desmentir nada. Primeiro prove que estou errado."
O tempo todo Ermírio é mostrado como um homem impaciente, mas que desacredita acreditando. "No Brasil tudo é prioritário, do jogo do bicho à bomba atômica. Não pode dar certo", dizia. Dos maus políticos do Congresso, fazia piada: "O último que sair vai roubar a lâmpada".
A ironia também era voltada para si próprio, como quando um assistente tentava ensiná-lo a usar um editor de textos no computador. "O tempo que vou levar para aprender dá pra construir uma fábrica de alumínio!"



Antônio Ermírio de Moraes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Antônio Ermírio de Moraes
Antônio Ermírio de Moraes
Nome completoAntônio Ermírio de Moraes
Nascimento4 de junho de 1928 (84 anos)
São Paulo, SP
Brasil
NacionalidadeBrasileiro
FortunaAumento US$ 12,7 bilhões (2013)
ProgenitoresMãe: Helena Pereira de Moraes1
Pai: José Ermírio de Morais
OcupaçãoEmpresário (Presidente do Grupo Votorantim)
PrêmiosPrêmio Eminente Engenheiro do Ano, 1979.
Escola/tradiçãoColorado School of Mines, Estados Unidos
Antônio Ermírio de Moraes (São Paulo, 4 de junho de 1928) é um empresário, engenheiro e industrial brasileiro. É presidente e membro do conselho de administração do Grupo Votorantim

 

Biografia

Seu pai, o engenheiro pernambucano José Ermírio de Morais criou o grupo Votorantim, comprando as ações de uma empresa de tecelagem localizada no bairro Votorantim em Sorocaba, São Paulo, que pertencia ao seu sogro, avô de Antônio Ermírio, o imigrante português António Pereira Inácio, diversificando o negócio.2 Sua mãe, Helena Rodrigues Pereira, nasceu em Boituva e teve com José Ermírio, quatro filhos, dos quais Antônio Ermírio foi o segundo.1
Antonio Ermírio nasceu sem um rim e isso o ajudou a lutar toda a vida.3 Formou-se em engenharia metalúrgica em 1949 pela Colorado School of Mines, mesma universidade que o seu pai, José Ermírio, estudou. Casou em 1953 com Maria Regina, com quem passou a lua-de-mel na Europa.
Na década de 1950, sua família foi taxada de louca por querer concorrer com os grandes produtores de alumínio, como Alcan, Alcoa e Vale, fundou a Companhia Brasileira de Alumínio.4 A empresa iniciou suas operações em 1955 produzindo apenas 4 mil toneladas e completou seu cinqüentenário com 400 mil toneladas.4
Em 1956, teve de contrair empréstimos que equivaliam a 16 meses de faturamento, na mesma época sofreu um acidente ao visitar a unidade e, queimado por soda cáustica, ficou um mês de cama - esta experiência ajudou a sedimentar em sua obsessão por conduzir o Grupo Votorantim da forma mais conservadora possível, evitando contrair dívidas.5
Após assumir o grupo, Antônio Ermírio transformou-o em uma multinacional, com a aquisição de uma fábrica de cimento[carece de fontes?] no Canadá. Expandiu o Grupo Votorantim, com mais de 60 mil funcionários6 , atua nas áreas de cimento, celulose, papel, alumínio, zinco, níquel, aços longos, filmes de polipropileno biorientado, especialidades químicas e suco de laranja. 3
Apesar do grupo Votorantim possuir um Banco, Ermírio é um crítico do sistema financeiro e da especulação financeira: 7
Se eu não acreditasse no Brasil, seria banqueiro.7
Quando o Banco foi criado não se conformava com o fato dele, ocupando somente um andar e empregando poucos funcionários, ser mais lucrativo do que sua Companhia Brasileira de Alumínio.7 Em relação ao banco Ermírio costuma brincar que a instituição só foi criada "para não pagar os juros cobrados pelo mercado e estabelecidos pelo Banco Central".
Ao mesmo tempo que lida com matérias-primas, Ermírio deu o aval para a criação da Votorantim Ventures, a caçula das empresas do grupo criada há quase quatro anos. A Ventures é um fundo de investimento com trezentos milhões de dólares para investir em áreas tão diversas como biotecnologia, bioinformática, distribuição de MRO, serviços de datacenter e de call center, comércio eletrônico e biodiversidade.
Assim como o pai, aventurou-se na política8 , lançando-se à candidatura ao governo do Estado de São Paulo em 1986 pela União Liberal Trabalhista Social ( PTB, PL e PSC ), ficando em segundo lugar, perdendo para Orestes Quércia, do PMDB, em uma época em que não havia segundo turno). Durante esta experiência ficou chocado com as manobras políticas e fisiológicas, todos que o abordavam pediam cargos para poder ficar sem trabalhar.7
Foi a frustração com a política que o levou a escrever peças teatrais, dizia que "a política é o maior de todos os teatros". 7 É autor de três peças de teatro, duas já lançadas no circuito paulistano 9 : Brasil S.A., Acorda Brasil e S.O.S Brasil. Todas as peças acabaram virando livro, a peça "Acorda Brasil" foi vista por 26 mil pessoas.3 Também escreveu para a Folha de São Paulo uma coluna dominical durante 17 anos.7 O empresário sempre dedicou parte de seu tempo à Sociedade Beneficência Portuguesa de São Paulo10 , uma hora e meia todo dia.3 Também se dedicou à Associação Cruz Verde de São Paulo, à Fundação Antônio Prudente, entre outras organizações não governamentais.2
Em 2001 deixou a presidência do conselho de administração do Grupo Votorantim e entregou o comando do conglomerado aos filhos e sobrinhos.5 Trabalhador incansável, uma combinação de doenças afetaram sua mente e seus movimentos, imobilizando-o numa cama, levando-o a sofrer de hidrocefalia e mal de Alzheimer.7

Resultados e Homenagens

A fortuna pessoal do empresário é estimada em US$ 12,7 bi, o que o torna uma das pessoas mais ricas do mundo 11 .
Pela intensa atividade social e pela trajetória empresarial ascendente, o empresário é um ícone da classe empresarial industrial12 . O currículo exibe ainda o Prêmio Eminente Engenheiro do Ano, mérito reconhecido em 1979. Em 2003 recebeu a Medalha do Conhecimento do Governo Federal.13
Sua família ganhou o destaque do Prêmio Octavio Frias de Oliveira, tanto pela administração do Hospital Beneficência Portuguesa há mais de 50 anos, quanto pela participação no conselho curador e da rede voluntária do Hospital A.C. Camargo e a atuação e ser uma das maiores doadoras da Associação de Assistência à Criança Deficiente.14

Família

Tem 9 filhos, entre eles: Regina de Moraes, presidente da ONG Velho Amigo; Ermírio FIlho.3 Seu filho Carlos Ermírio de Moraes faleceu no dia 18 de agosto de 2011 após lutar durante 4 anos contra o câncer.

OBS: CIDADÃO BRASILEIRO DE ALTÍSSIMO BRILHO, ANTONIO ERMÍRIO, AGORA AFASTADO DAS ATIVIDADES EMPRESARIAIS, UNIA SEUS CONHECIMENTOS EM METALURGIA COM UM PROFUNDO CONHECIMENTO DE NOSSO CORPO HUMANO. ALÉM DE SUA ATIVÍSSIMA VIDA EMPRESARIAL, ELE AJUDAVA GRACIOSAMENTE A ADMINISTRAR O HOSPITAL DA BENEFICÊNCIA PORTUGUESA EM SÃO PAULO. CHEGUEI A CONHECÊ-LO E CUMPRIMENTÁ-LO, QUANDO FAZIA UMA VERIFICAÇÃO DE ROTINA NO HOSPITAL, EM PLENO "DIAS DAS MÃES", NUM DOMINGO DE 1996 !!!

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