segunda-feira, 17 de junho de 2013

NOSSAS AUTORIDADES NÃO ESTÃO PREPARADAS PARA ACONTECIMENTOS COMO ESSE. ELAS SÃO AUTORITÁRIAS E NÃO ACEITAM QUEM PENSE AO CONTRÁRIO. NA VERDADE A MANIPULAÇÃO DE DADOS DAS PLANILHAS É CRIME CONTRA A ECONOMIA POPULAR. BELA MENSAGEM DEIXOU O ESTUDANTE CAIO MARTINS

17/06/2013 11h57- Atualizado em 17/06/2013 13h20

Trajeto de atos contra tarifa não serão divulgados, diz movimento

Grupo participa de encontro com a SSP nesta segunda-feira.
Para secretaria, informação é fundamental para garantir a segurança.

Tatiana Santiago

Representantes de movimento que luta contra aumento da tarifa não irá divulgar trajeto (Foto: Tatiana Santiago / G1)Representantes de movimento não irão divulgar
trajeto (Foto: Tatiana Santiago / G1)

Integrantes do movimento que realiza os protestos contra o aumento das tarifas de transporte público em São Paulo afirmaram nesta segunda-feira (17) que não irão divulgar o trajeto das próximas manifestações. Nesta manhã, eles participam de uma reunião com representantes da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que tem o objetivo de entrar em um acordo com relação às ruas por onde os manifestantes irão passar.

“O que a gente quer negociar não é o nosso trajeto. Isso, na verdade, não deveria interessar a eles [Prefeitura e governo do estado]. O que a gente quer negociar não é por onde a gente vai passar, mas onde a gente vai chegar. O importante não é o trajeto, mas é o destino. O destino é claro, único, objetivo e específico. É revogar o aumento”, afirmou o estudante de história Caio Martins, em entrevista coletiva organizada no Sindicato dos Jornalistas, no Centro de São Paulo.
 
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Para o grupo, o encontro ocorre nesta manhã na Secretaria de Segurança Pública (SSP) será destinada para discutir a segurança da manifestação. “Esperamos que a polícia operacionalize o trajeto e que não haja mais policiais à paisana infiltrados entre os manifestantes”, declarou o universitário.
No domingo, o secretário Fernando Grella afirmou ser fundamental conhecer o trajeto do protesto para planejar a ação policial e mesmo para proteger os manifestantes. “A Polícia Militar tem condições de planejar com os manifestantes. O fundamental é definirmos um trajeto que será percorrido. Com isso algumas horas de antecedência a melhor forma de reduzir o encontro com o restante da população e de proteger faremos um bloqueio de rua, de modo que a população não saia prejudicada."
A SSP divulgou mudança nos procedimentos da Polícia Militar para acompanhar os protestos contra o aumento da tarifa. A corporação foi orientada a agir, durante as manifestações, somente em caso de provocação e vandalismo. Os policiais também estão proibidos de usar balas de borracha.
Grella também disse acreditar que a presença da Tropa de Choque "não será necessária". "Não vai haver necessidade de usar o Choque. Acreditamos que não vai ser necessário, que a manifestação será pacífica", afirmou. O secretário garantiu que "ninguém vai ser preso por portar vinagre", quando questionado sobre prisões arbitrárias, inclusive de jornalistas que portavam o líquido em protestos anteriores para amenizar os efeitos do gás lacrimogêneo.
Quando questionado se a divulgação do trajeto poderia evitar transtorno à população que não faz parte do protesto, o grupo disse que a pergunta era “irônica” pois “São Paulo já está parada”. “Não é a gente que está fazendo SP parar. São Paulo já está parada. Fechar uma rua hoje é abrir um caminho amanhã”, disse Rafael Siqueira, que é professor.
Eles ressaltam que as manifestações só vão parar quando o valor da tarifa do transporte público diminuir. Segundo o movimento, o valor da passagem provoca um “apartheid urbano”, já que segrega o público.
Em relação aos atos de violência provocados pelos manifestantes, o MPL voltou a dizer que não é o único grupo que participa do ato e que não tem controle sobre o movimento. “A gente não é dono da manifestação. Se tem alguém que pode controlar a revolta é o prefeito e o governador revogando a tarifa”, disse o universitário.
 
Cavalaria fechou a Av. Paulista na quinta-feira (13)
(Foto: Flavio Moraes/G1)
Cavalaria fecha a Av. Paulista. (Foto: Flavio Moraes/G1) Integrantes do movimento voltaram a dizer que não receberam um convite formal para discutir o aumento de tarifas com o prefeito Fernando Haddad. O convite foi para que eles participassem de um encontro no Conselho da Cidade, que, segundo eles, não é espaço de negociação. Por esse motivo, eles convidaram Haddad para participar de uma conversa na sede do Sindicato dos Jornalistas, no Centro, na manhã de quarta-feira (19).

Perfil dos manifestantes
Durante a entrevista deste domingo, Grella e Meira negaram a existência de investigações sobre grupos punks que estariam sendo convocados para integrar os protestos na capital. O levantamento integraria um suposto relatório produzido pelo serviço secreto da Polícia Militar de São Paulo, mas a informação foi negada pelas autoridades.
"A polícia não faz mapeamento de nenhum grupo nas manifestações", disse Meira. O comandante confirmou a presença de policiais à paisana durante os atos de protesto, mas disse que sua função seria fiscalizar e controlar a ação da própria corporação, “não para bisbilhotar a vida de ninguém”, segundo afirmou.
 

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