quinta-feira, 22 de setembro de 2011

LULA VÊ CONSTITUINTE ESPECÍFICA PARA REFORMA POLÍTICA, SE PROPOSTA DOS POLÍTICOS NÃO FOR APROVADA.




Lula quer Constituinte se reforma política não sair.

Para ex-presidente, essa seria a solução para aprovar sistema eleitoral com financiamento público de campanha e fim das coligações proporcionais

22 de setembro de 2011
ANDREA JUBÉ VIANNA, TÂNIA MONTEIRO / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Em reunião ontem com líderes de partidos governistas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que, se não houver acordo para votar a reforma política no Congresso, a base aliada deve se empenhar pela convocação de uma Assembleia Constituinte para mudar o sistema eleitoral. Lula trabalha pela aprovação do financiamento público de campanha, voto proporcional misto e fim das coligações proporcionais.

Diante do vice-presidente Michel Temer e de parlamentares e dirigentes de PMDB, PT, PSB, PDT e PC do B, Lula disse, em encontro no Palácio do Jaburu, que a corrupção "diminui bastante" com o financiamento público, mas admitiu haver dificuldades para a aprovação da proposta.

Depois de afirmar, na véspera, que "político tem de ter casco duro" e não pode "tremer" quando for acusado de fazer "coisa errada", Lula disse que 90% das denúncias hoje divulgadas pela imprensa têm como base investigações da Controladoria-Geral da União (CGU), da Polícia Federal e do Ministério Público.

Apesar da animação de Lula, o deputado Henrique Fontana (PT-RS), relator da reforma, admitiu não haver consenso entre os partidos, em especial sobre o novo modelo de votação. Contudo, Fontana e o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), citaram avanços nas negociações para a aprovação do financiamento público, principal bandeira do PT.

Raupp declarou que o PMDB aceita o financiamento público, principalmente se a reforma contemplar o fim das coligações nas eleições proporcionais. No entanto, advertiu: "O PMDB não aceita o voto em lista defendido pelo PT". O PMDB defende o voto majoritário nas eleições proporcionais (deputados e vereadores), o chamado "distritão". "Se complicar demais, a reforma política não sai", disse.

O modelo que Fontana defenderá em seu relatório é o voto proporcional misto, em que o eleitor escolhe um deputado pelo voto em lista partidária fechada, e outro pelo modelo atual, em lista aberta. Fontana admitiu que precisa avançar no diálogo sobre esse tema e adiantou que nos próximos dias vai procurar DEM e PSDB para discutir o assunto.

Votação. Mesmo diante da falta de consenso sobre o modelo de votação, Fontana acredita que as negociações estejam evoluindo para que seu relatório seja votado na comissão especial da Câmara no dia 5 de outubro. Segundo ele, os participantes da reunião de ontem prometeram somar esforços pela votação.

O PT pretende realizar uma manifestação da sociedade civil a favor da reforma. "Está se criando um clima positivo para que se melhore a política nacional. O pior dos mundos é ficar com esse sistema que tem gerado todas as distorções que vocês têm divulgado", disse Fontana.

OBS: NÃO HÁ DÚVIDA DE QUE UMA CONSTITUINTE ESPECÍFICA, PARA ELABORAR UMA REFORMA POLÍTICA É O MELHOR CAMINHO. NÃO FAZ SENTIDO OS POLÍTCOS, JÁ CALEJADOS DE TANTA "TRETA" NESSA ÁREA, ELES MESMOS CUIDAREM DA REFORMA. É O MESMO QUE DEIXAREM OS CABRITOS CUIDANDO DA HORTA. COM UMA CONSTITUINTE ESPECÍFICA, SERIAM ELEITOS POLÍTICOS E REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL. MUITO MAIS DEMOCRÁTICO. A CONFERIR.

Nenhum comentário:

Postar um comentário