sexta-feira, 16 de setembro de 2011

NO BRASIL HAVIA UM ÊRRO DE PLANEJAMENTO: TINHAM VÁRIAS BITOLAS. É PRECISO PADRONIZAR

Economia
Indústria ferroviária fatura quase R$ 4 bilhões
Brasil Econômico

5 de setembro de 2011

Concorrência

Nos últimos cinco anos, entre as companhias que passaram a integrar a lista de empresas que atendem ao setor, encontram-se nomes pouco conhecidos, como a Caiçara Sistemas de Segurança, fabricante de lavabos, reservatórios de água, portas e janelas de alumínio para a indústria ferroviária, ou a Cauchoflex, de buchas e amortecedores.

Mas também companhias como a 3M, que no ano passado montou uma equipe comercial e de marketing especificamente para desenvolver novos negócios na área. “Até há alguns anos, víamos o mercado como estagnado. Com o crescimento recente e os projetos por vir, a área passou a ser estratégica”, diz Marcio Nanuncio, gerente de desenvolvimento de negócios para o mercado ferroviário.

A 3M fabrica uma ampla gama de produtos com aplicação na indústria ferroviária, mas que não são feitos especificamente para ela. A lista vai de discos abrasivos para a construção de estruturas até fitas para marcação e mascaramento em pintura, passando por selantes, isolantes térmicos e acústicos.

Neste ano, a meta da empresa é crescer no país acima de 40% na área. As projeções para a companhia como um todo são bem menores, de 10% a 12%, sobre os 2,4 bilhões de reais de 2010.

Há também fabricantes de trens como a espanhola CAF, que já tinha escritório no país, mas inaugurou fábrica em Hortolândia (SP), no ano passado. E a Bom Sinal, fabricante brasileira de veículos leves sobre trilhos (VLTs) a diesel, que antes fabricava interiores e mobiliário para ônibus e estádios.

É um movimento que tende a ganhar ainda mais corpo, com novos investimentos na ampliação da malha ferroviária do país. O governo estuda revitalizar pelo menos 14 linhas regionais nos próximos anos, há projetos para implantação de VLTs em pelo menos uma dezena de cidades do país e a construção das ferrovias Norte Sul e Oeste Leste está caminhando e existe a promessa do trem-bala, enfraquecida por adiamentos sucessivos da licitação, mas ainda na lista do governo federal.

O cenário positivo tem levado companhias como a GE a falarem na possibilidade de novos investimentos – mesmo após ter dobrado a capacidade de produção, de 60 locomotivas por ano, para 120, de 2010 para 2011.

Na semana retrasada, durante visita ao país de seu presidente mundial, Jeff Immelt, a companhia divulgou que estuda novos aportes em sua fábrica de trens, em Contagem (MG).

De forma semelhante, a Caterpillar anunciou neste ano que será a segunda companhia a fabricar locomotivas para o transporte de cargas no Brasil. E a Knorr-Bremse, fabricante de sistemas de frenagem, está construindo uma nova fábrica em Itupeva (SP), com investimento de 80 milhões de reais.

Até 2013, na contabilidade da Abifer, os investimentos em expansão da produção na indústria ferroviária somarão ao menos 250 milhões de reais. De 2003 a 2010, foram de cerca de 1,1 bilhão de reais, calcula a entidade.

*Publicado originalmente em Brasil Econômico.

OBS: O REERGUIMENTO DA INDÚSTRIA FERROVIÁRIA PASSA POR UM PLANEJAMENTO NACIONAL. JÁ TEMOS UMA FERROVIA, A "NORTE SUL". É DAR CONTINUIDADE. HOJE A "VALE" TEM PRÓXIMO DE 10.000 KM DE FERROVIAS, SÓ PARA TRANSPORTAR MUNÉRIO. É FAZER ENTENDIMENTO COM ELA E INTRODUZIR TRENS DE PASSAGEIROS. TÍNHAMOS DIVERSAS FERROVIAS NO ESTADO DE SÃO PAULO. AGORA, É CORRIGIR TRAÇADOS E REATIVÁ-LAS GRADATIVAMENTE. É CERTO QUE A MOBILIDADE URBANA CRIARÁ PROBLEMAS DE TRAÇADO. NOSSOS ENGENHEIROS ESTÃO AÍ, PARA RESOLVER PROBLEMAS. MAS TRANSPORTAR PASSAGEIROS E CARGAS NAS NOVAS FERROVIAS SERÁ FUNDAMENTAL PARA ALIVIAR AS RODOVIAS. ESTAMOS NO BOM CAMINHO. ELAS PRECISARÃO SER ELETRIFICADAS, COM LINHAS PARALELAS E BITOLA LARGA (1,60M).

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