segunda-feira, 17 de junho de 2013

DILMA ACATA A MANIFESTAÇÃO DO "MANÉ GARRINCHA", COMO FATO NORMAL NUMA DEMOCRACIA. REALMENTE EXISTE UMA MANIFESTAÇÃO COLETIVA, EM MUITAS CAPITAIS E OUTRAS CIDADES. COMO ELA PARTICIPOU DOS ATOS CONTRA A DITADURA QUANDO JOVEM, ELA COMPREENDE A INSATISFAÇÃO DE NOSSA JUVENTUDE NOS DIAS DE HOJE. GASTARAM MUITO DINHEIRO NAS REFORMAS DOS ESTÁDIOS, HOUVE MUITA OBRA SUPERFATURADA E O POVO SABE DISSO. NA OUTRA PONTA, FALTAM HOSPITAIS, FALTAM CRECHES, FALTAM TRANSPORTES DE BOA QUALIDADE, FALTAM REDES DE SANEAMENTO, OS RECURSOS SÃO MANIPULADOS, DIRIGENTES E PARLAMENTARES POLÍTICOS, QUE NÃO PRODUZEM PROJETOS SOCIAIS, SÓ PENSANDO EM "QUANTO QUE EU LEVO NISSO"? NOSSAS CÂMARAS MUNICIPAIS, NOSSAS ASSEMBLÉIAS LEGISLATIVAS E NOSSO CONGRESSO NACIONAL, SÃO DE INCRÍVEL MEDIOCRIDADE. AÍ, QUANDO DILMA TOMA VAIA, NÃO É A ELA QUE DIRECIONAM SEUS PROTESTOS. É CONTRA TODOS ESSES FATOS NARRADOS.

17/06/2013 19h18- Atualizado em 17/06/2013 19h43

Dilma considera manifestações 'legítimas', diz ministra

Segundo Helena Chagas, presidente acompanha ação da polícia.
'Ela está encarando isso como questão normal da democracia', disse.

Priscilla MendesDo G1, em Brasilia

A ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas, afirmou nesta segunda-feira (17) que a presidente Dilma Rousseff considera "legítimas e próprias da democracia" as manifestações em várias cidades do país.
"A presidente considera que as manifestações pacíficas são legítimas e próprias da democracia e que é próprio dos jovens se manifestarem", afirmou a ministra.
Segundo ela, Dilma está acompanhando a atuação policial nas cidades, mas "não está envolvida diretamente", segundo descreveu. Nesta tarde, presidente esteve com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que fez relatos sobre a situação de segurança.
"Ela está encarando isso como questão normal da democracia", disse Helena Chagas sobre os protestos.
Questionada sobre as vaias recebidas pela presidente na abertura da Copa das Confederações, no último sábado (15), Chagas disse que "isso não tem relevância".

Os protestos, iniciados na semana passada em São Paulo por causa do aumento da tarifa de transporte, se alastraram por várias capitais desde o fim de semana. Nesta segunda, as manifestações nas áreas centrais de Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Maceió, Fortaleza, Belém e Vitória, além de várias cidades no interior.  
 
saiba mais

'Alguma coisa a nos dizer'

Mais cedo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, recebeu, no Palácio do Planalto, representantes do Comitê Popular da Copa, que participaram de protestos na última sexta e sábado, em Brasília. Após a reunião, ele defendeu as manifestações e pregou diálogo com os jovens.
"Esses jovens têm alguma coisa a nos dizer. Esses jovens nos apontam angústias e se alcançam uma grande repercussão de mobilização é porque correspondem ao anseio de muita gente", afirmou Carvalho, responsável pela interlocução com movimentos sociais.
Ele disse que o governo está preocupado em se aproximar dos manifestantes e negou que a onda de protestos colocarão em risco grandes eventos como a Jornada Mundial da Juventude, evento católico que ocorrerá em julho no Rio de Janeiro.

O convite para a reunião com o movimento, contrário aos gastos com a construção do estádio Mané Garrincha, em Brasília, partiu do próprio ministro. Nos dois dias de protestos na semana passada, houve conflito entre manifestantes e policiais.
Questionado sobre as vaias que a presidente Dilma Rousseff levou quando anunciada na abertura da Copa das Confederações, dentro do estádio, o ministro afirmou que "qualquer manifestação deve nos chamar a atenção e nos fazer perguntas".
"Houve vaia no estádio e, no mesmo momento, um grande aplauso à presidenta Dilma aqui nos telões, quase 200 mil pessoas aqui na praça [Esplanada dos Ministérios]. O que significa isso? Vamos com calma. Vamos entender. Temos que ter a tranquilidade inclusive de não tirar conclusões precipitadas e compreender que o processo democrático é assim mesmo. A ditadura que é fácil", disse em entrevista após a reunião.
"A democracia é assim mesmo, é complexa", afirmou o ministro. "O duro, como já disse a presidenta Dilma, é o silêncio das tumbas, é o silêncio da repressão. Não vamos encaminhar por essa vertente", declarou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário