Governo de SP quer reunião com manifestantes antes de novo protesto
Encontro foi marcado para as 10h de segunda (17), anunciou secretário.
'Ninguém vai ser preso por portar vinagre', disse Grella neste domingo.


saiba mais
O secretário disse também que "ninguém vai ser preso por portar vinagre [amanhã]", quando questionado sobre prisões arbitrárias, inclusive de jornalistas que portavam o líquido em protestos anteriores para amenizar os efeitos do gás lacrimogêneo. Grella garantiu, ainda neste domingo, que as investigações sobre supostos excessos cometidos por policiais militares durante as manifestações contra o aumento da tarifa dos transportes já estão sendo realizadas, mas levarão tempo para serem apresentadas. "Quanto aos fatos noticiados, todos estão sendo investigados. Exige tempo, e no tempo certo estaremos divulgando".

Cavalaria fechou a Av. Paulista na quinta-feira
(13)
(Foto: Flavio Moraes/G1)
Ação policial na segunda-feira(Foto: Flavio Moraes/G1)
Para o protesto marcado para segunda-feira, o objetivo da Secretaria de Segurança Pública é evitar excessos, segundo o secretário. "Não vai haver necessidade de usar o Choque. Acreditamos que não vai ser necessário, que a manifestação será pacífica. Vamos dar a garantia para que a manifestação ocorra de maneira organizada. Eles [os manifestantes] também têm esse interesse", afirmou.
Segundo o secretário, o convite para que as lideranças do Movimento Passe Livre (MPL) participem desta reunião será oficializado ainda neste domingo, a fim de organizar uma passeata pacífica, em que a polícia cuide apenas do policiamento do protesto. O G1 entrou em contato com a organização do MPL e aguarda o posicionamento do grupo sobre o convite.
Questionado sobre por que só agora foi tomada a iniciativa de um convite para conversar com os manifestantes, Grella disse apenas: "acreditamos que agora é necessário." Também participou da entrevista deste domingo o comandante da Polícia Militar (PM) de São Paulo, Benedito Meira.
Perfil dos manifestantes
Durante a entrevista deste domingo, Grella e Meira negaram a existência de investigações sobre grupos punks que estariam sendo convocados para integrar os protestos na capital. O levantamento integraria um suposto relatório produzido pelo serviço secreto da Polícia Militar de São Paulo, mas a informação foi negada pelas autoridades.
"A polícia não faz mapeamento de nenhum grupo nas manifestações", disse Meira. O comandante confirmou a presença de policiais à paisana durante os atos de protesto, mas disse que sua função seria fiscalizar e controlar a ação da própria corporação, “não para bisbilhotar a vida de ninguém”, segundo afirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário