domingo, 10 de março de 2013

A BUSCA DE UM DENOMINADOR COMUM, NA UNIÃO EUROPÉIA

Grécia ainda pode ter que deixar o euro, afirma aliado de Angela Merkel

Já líder de outro partido da coalizão ataca França por pedir mais tempo para reduzir déficit

Reuters |
 
A Grécia permanece o maior risco para a zona do euro, apesar de um atenuamento de sua crise política e econômica, mas ainda pode ainda ter que deixar a moeda comum, disse um aliado conservador da chanceler alemã Angela Merkel.

Alexander Dobrindt, secretário-geral da União Social Cristã (CSU, na sigla em inglês), um partido irmão do cristãos-democratas de Merkel (CDU), tem argumentado há tempos que a Grécia estaria melhor fora da zona do euro.
Mas as críticas conservadoras alemãs da Grécia se acalmaram desde que o governo conservador do primeiro-ministro Antonis Samaras acelerou medidas severas de austeridade requisitadas pela Alemanha e pela União Europeia (UE) como parte de seu programa de resgate financeiro.
"O maior risco para o euro ainda é a Grécia... Eu ainda acredito que a saída da Grécia seria uma alternativa a longo prazo, para a Europa e para a própria Grécia," Dobbrindt afirmou ao jornal Die Welt am Sonntag.
"Criamos uma situação que dá à Grécia uma chance de voltar à estabilidade e restaurar a competitividade. Mas ainda sustento que, se a Grécia não for capaz ou não estiver disposta a restaurar a estabilidade, então pode ter que sair da zona do euro".

França

A França também foi alvo de aliados da chanceler. Neste domingo (10), o chefe do grupo parlamentar do Partido dos Democratas Livre, que é membro da coalizão governista, argumentou que a Alemanha não pode permitir que a França quebre o pacto fiscal europeu.
"O anúncio do presidente socialista da França de que vai continuar com mais dívida do que o permitido (déficit de 3%) não deve levar à quebra do pacto fical", disse Rainer Bruedeler durante uma convenção do PDL. "No mínimo, nós deveríamos não encorajar a França nisso. Devemos ficar atentos porque os descumpridores do pacto fical estão por aí mais uma vez."
O governo socialista da França admitiu em fevereiro que não iria conseguir reduzir o déficit orçamentário para abaixo do teto europeu de 3% do PIB neste ano como havia previsto anteriormente.

O ministro das Finanças da França, Pierre Moscovici, disse que o país iria pedir aos seus parceiros da União Europeia e à Comissão Europeia por mais um ano para chegar ao objetivo de 3% de déficit.
Bruederle também exigiu que o Banco Central Europeu não faça uma nova rodada de compra de títtulos da dívida soberana em resposta à eleição inconclusiva da semana passada na Itália, que transtornou os mercados financeiros.
"Eu estou certo que o Banco Central Europeu sabe que não pode ser a oficina de reparo para resultados eleitorais errados", disse.

Bruederle, que foi escolhido para liderar a campanha do pró-negócios PDL nas eleições federais da Alemanha em setembro, também ecoou os comentários do chefe do partido, Philipp Roesler, que fez alertas contra esforços para desvalorizar o euro.
Ainda não há uma guerra cambial, disse Bruederle, mas uma política deliberada de buscar dinheiro barato só levaria, novamente, à emergência de bolhas.
"Nós queremos um euro forte", disse ele aos delegados.
A França e outros países da zona do euro temem que um euro forte prejudique suas exportações e prejudique o crescimento necessário para criar emprego e restaurar as finanças públicas.
No mês passado, o presidente francês, François Hollande, defendeu um objetivo de médio prazo para a taxa de câmbio do euro, mas enfrentou oposição imediata de Berlim.

OBS: OS CONCEITOS DE ECONOMIA NA EUROPA SEGUEM NA LINHA DA ALEMANHA. A FRANÇA ELEGEU HOLLANDE, QUE TEM UMA VISÃO DIFERENTE. SERÁ PRECISO BUSCAR UM DENOMINADOR COMUM, UMA LINGUAGEM ECONÔMICA COMUM, PARA EVITAR AS FISSURAS NESSA CONSTRUÇÃO, QUE É BOA PARA A EUROPA.


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