quarta-feira, 13 de março de 2013

UMA BASE NÃO CONFIÁVEL

Congresso aprova Orçamento de 2013


Peça que define gastos do governo federal para este ano recebe aval de parlamentares com atraso de três meses, o que a deixa defasada

12 de março de 2013 | 21h 13

Ricardo Brito, de O Estado de S.Paulo
Renan participa da sessão que aprovou o orçamento - Beto Barata/EstadãoBRASÍLIA - Após quase três meses de atraso, o Congresso Nacional concluiu nesta terça-feira, 12, a votação do Orçamento de 2013. A proposta terá de passar por um pente fino pela equipe do Ministério do Planejamento, uma vez que as receitas e as despesas haviam sido calculadas inicialmente num cenário francamente otimista. Na elaboração da proposta, o governo estimava um crescimento econômico de 4,5%. A própria equipe econômica já reconhece que a expansão da atividade este ano deve ficar entre 3% e 3,5%.
 
Beto Barata/Estadão
Renan participa da sessão que aprovou o orçamento

Pelo texto aprovado, o Orçamento prevê despesas da ordem de R$ 2,28 trilhões, dos quais R$ 610 bilhões para rolagem da dívida e cerca de R$ 110 bilhões para investimentos das estatais. Também está incluído nesses cálculos o salário mínimo de R$ 678, já em vigor, um reajuste de 9% em relação ao do ano passado.
Como o governo não conseguiu aprovar o Orçamento em dezembro do ano passado, o Planalto editou uma medida provisória liberando recursos para manter a programação de investimentos, evitando, assim, uma paralisia em projetos fundamentais para tentar fazer a economia avançar mais do que o verificado em 2011 e 2012.

O Orçamento, que teve 54 votos de senadores a favor e duas abstenções, seguirá para sanção da presidente Dilma Rousseff. Depois disso, o Ministério do Planejamento fará uma análise de todos os pontos do projeto e publicará um decreto fixando quanto poderá ser efetivamente gasto. Tradicionalmente, esse documento é publicado em fevereiro. Se as receitas aprovadas estiverem muito acima do que o governo espera acontecer ao longo do ano, parte da previsão ficará represada, o chamado contingenciamento.
O projeto de lei aprovado contemplou o reajuste de 5% para diversas categorias do funcionalismo público em 2013, que deve ser pago a partir do próximo mês. O relator do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), também promoveu mudanças em fontes de financiamento para garantir desonerações tributárias de pouco mais de R$ 20 bilhões - que incluem as desonerações recentemente anunciadas, como a dos produtos da cesta básica.

Adiada. A proposta estava pendente de aprovação desde a madrugada da quinta-feira da semana passada, quando a Câmara já havia votado o texto. Na ocasião, a sessão foi adiada por falta de quorum, a partir de um questionamento da bancada do PSDB que alegava ser necessário, primeiro, votar os mais de 3 mil vetos que estão na pauta do Congresso para, só depois, se apreciar o Orçamento. Desta vez o PSDB não dificultou a votação.
Inicialmente prevista para dezembro, a votação da peça orçamentária vinha sendo adiada por causa da polêmica em torno da lei dos royalties do petróleo. Na semana passada os vetos parciais da presidente a essa lei foram derrubados.

OBS: A CHAMADA "BASE ALIADA" DO GOVERNO ACABOU POR DIFICULTAR ANÁLISE E APROVAÇÃO DO ORÇAMENTO NO TEMPO CORRETO. AGORA O SETOR DE PLANEJAMENTO TERÁ QUE FAZER AJUSTES. QUEM TEM "UM RENAN" COMO "AMIGO", NÃO PRECISA DE INIMIGOS............

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