Vereadores de Campinas se calam sobre lanche de R$ 48 mil
iG Paulista - 19/03/2013 11h24
Milene Moreto | milene@rac.com.br
Os vereadores de Campinas preferiram o silêncio na sessão de segunda-feira
(18) e não discutiram a abertura da licitação para a compra de lanches dos
parlamentares, por R$ 48 mil ao ano, definido pela Casa e que chegou a gerar
opiniões divergentes dos vereadores na semana passada.
O edital foi publicado no site do Legislativo na íntegra na última semana e prevê, além dos quitutes, garçons para servir os 33 legisladores. Na sessão, o único que falou sobre o assunto foi Paulo Bufalo (PSOL), que disse que o valor previsto daria para retirar muitas pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza.
Conforme apurou o Correio, o presidente da Casa, Campos Filho (DEM), se encontrou com os vereadores na tarde de ontem e houve um “acordo de cavalheiros” para que a Câmara não tocasse no assunto, o que causaria um desgaste para a imagem do Legislativo.
À reportagem, antes da sessão de ontem, Campos Filho disse que não havia mais conversado sobre tema com os parlamentares, que não havia sido procurado e que o processo para a contratação do lanche está dentro da legalidade. Após a sessão, ele não foi encontrado para comentar o “acordo” para evitar um desgaste da Câmara.
A reunião, confirmada ao Correio por alguns parlamentares, na condição de anonimato, teria sido convocada para tratar de diversos assuntos e, durante as discussões, foi levantada pelos parlamentares a questão da licitação do lanche.
Uma das reclamações dos legisladores foi de que não havia sido feito nenhum comunicado ou discussão sobre a compra. Durante o encontro, o presidente teria se comprometido a discutir as próximas concorrências com todos os parlamentares antes de publicar no site da Casa. O combinado seria de que os vereadores não tocariam mais no assunto da concorrência do lanche.
Atualmente os parlamentares fazem um “vaquinha” para comprar o lanche que é servido durante as sessões da Câmara em uma sala em anexo ao plenário. O cardápio conta com pão, mortadela, presunto, queijo e refrigerante.
Com a nova concorrência, em cada reunião serão destinados R$ 728,00 para a compra de croissant, sanduíche de metro, bolos, pão de queijo, três frutas da época, patê de azeitona e frango, leite, chocolate em pó, geleia, manteiga e suco de frutas. A empresa contratada também deverá fornecer garçons, talheres e a decoração da mesa, conforme consta no edital.
Campos Filho reiterou que está apenas formalizando um processo.
“Anteriormente, em cada sessão, a compra era feita de forma individual e sem
respaldo jurídico. Agora abrimos esse processo aprovado pela procuradoria e
consultoria da Casa. O valor de R$ 48 mil é estimado. Dificilmente a Câmara vai
pagar esse preço. As propostas devem conter valores menores.”
Sessão
Os vereadores não utilizaram a tribuna para falar sobre a licitação durante a sessão de ontem. Apenas Paulo Bufalo (PSOL) se manifestou, antes da reunião ser derrubada por falta de quórum.
O vereador Artur Orsi (PSDB) que havia se comprometido na última semana a discutir o tema com o presidente, disse que se inscreveu para falar no grande expediente, porém, o vereador Cid Ferreira (PMDB) pediu a contagem de quórum e derrubou a sessão.
“Assim como eu, outros vereadores também estavam inscritos. Eu continuo contrário a essa licitação. Acho que o momento é inoportuno e vou conversar com o presidente para que ele reveja o processo”, disse.
Bufalo afirmou que não foi chamado para nenhuma reunião ontem, mas novamente se manifestou contrário à contratação do lanche pela Casa. Para ele, o atual sistema de compra da comida por rateio pode continuar.
Na sexta-feira da última semana, os vereadores Alberto Alves da Fonseca, o professor Alberto (sem partido), e o vereador do PT, Pedro Tourinho, também foram contrários à licitação.
O edital foi publicado no site do Legislativo na íntegra na última semana e prevê, além dos quitutes, garçons para servir os 33 legisladores. Na sessão, o único que falou sobre o assunto foi Paulo Bufalo (PSOL), que disse que o valor previsto daria para retirar muitas pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza.
Conforme apurou o Correio, o presidente da Casa, Campos Filho (DEM), se encontrou com os vereadores na tarde de ontem e houve um “acordo de cavalheiros” para que a Câmara não tocasse no assunto, o que causaria um desgaste para a imagem do Legislativo.
À reportagem, antes da sessão de ontem, Campos Filho disse que não havia mais conversado sobre tema com os parlamentares, que não havia sido procurado e que o processo para a contratação do lanche está dentro da legalidade. Após a sessão, ele não foi encontrado para comentar o “acordo” para evitar um desgaste da Câmara.
A reunião, confirmada ao Correio por alguns parlamentares, na condição de anonimato, teria sido convocada para tratar de diversos assuntos e, durante as discussões, foi levantada pelos parlamentares a questão da licitação do lanche.
Uma das reclamações dos legisladores foi de que não havia sido feito nenhum comunicado ou discussão sobre a compra. Durante o encontro, o presidente teria se comprometido a discutir as próximas concorrências com todos os parlamentares antes de publicar no site da Casa. O combinado seria de que os vereadores não tocariam mais no assunto da concorrência do lanche.
Atualmente os parlamentares fazem um “vaquinha” para comprar o lanche que é servido durante as sessões da Câmara em uma sala em anexo ao plenário. O cardápio conta com pão, mortadela, presunto, queijo e refrigerante.
Com a nova concorrência, em cada reunião serão destinados R$ 728,00 para a compra de croissant, sanduíche de metro, bolos, pão de queijo, três frutas da época, patê de azeitona e frango, leite, chocolate em pó, geleia, manteiga e suco de frutas. A empresa contratada também deverá fornecer garçons, talheres e a decoração da mesa, conforme consta no edital.
Campos Filho reiterou que está apenas formalizando um processo.
“Anteriormente, em cada sessão, a compra era feita de forma individual e sem
respaldo jurídico. Agora abrimos esse processo aprovado pela procuradoria e
consultoria da Casa. O valor de R$ 48 mil é estimado. Dificilmente a Câmara vai
pagar esse preço. As propostas devem conter valores menores.”Sessão
Os vereadores não utilizaram a tribuna para falar sobre a licitação durante a sessão de ontem. Apenas Paulo Bufalo (PSOL) se manifestou, antes da reunião ser derrubada por falta de quórum.
O vereador Artur Orsi (PSDB) que havia se comprometido na última semana a discutir o tema com o presidente, disse que se inscreveu para falar no grande expediente, porém, o vereador Cid Ferreira (PMDB) pediu a contagem de quórum e derrubou a sessão.
“Assim como eu, outros vereadores também estavam inscritos. Eu continuo contrário a essa licitação. Acho que o momento é inoportuno e vou conversar com o presidente para que ele reveja o processo”, disse.
Bufalo afirmou que não foi chamado para nenhuma reunião ontem, mas novamente se manifestou contrário à contratação do lanche pela Casa. Para ele, o atual sistema de compra da comida por rateio pode continuar.
Na sexta-feira da última semana, os vereadores Alberto Alves da Fonseca, o professor Alberto (sem partido), e o vereador do PT, Pedro Tourinho, também foram contrários à licitação.
OBS: OS VEREADORES DE CAMPINAS ESTÃO SEGUINDO O "CAMINHO DA VACA", O QUE UM FAZ, OS OUTROS SEGUEM. NOSSO COMPANHEIRO PEDRO TOURINHO, SE POSICIONAOU CONTRA ESSA FARRA COM O DINHEIRO PÚBLICO. QUEM BRINCA COM R$ 48 MIL, AMANHÃ BRINCARÁ COM R$ 48 MILHÕES. UMA CIDADE COMO CAMPINAS NÃO MERECE PASSAR POR ESSA SITUAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO.
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