domingo, 3 de março de 2013

A NATUREZA E SEU AMBIENTE DÁ LIÇÕES AOS HUMANOS.

Oásis para a vida

Bromélias se tornam verdadeiras cisternas em tempo de seca


01/03/2013 - 13:16
Terra da Gente

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Texto: Ciro Porto
As relações entre os seres vivos sempre são intrigantes. Quanto mais observamos os comportamentos de diferentes espécies, mais temos certeza que a palavra dependência é uma constante em todas as relações. As conexões entre os seres muitas vezes são evidentes, outras, nem tanto. Basta estar vivo para ser dependente de algo. Nada que viva consegue sobreviver de forma independente. Só nós, humanos, embora sabedores das dependências, fingimos não ver o quanto é essencial manter a vida nas mais diversas formas.

Uma vez escrevi sobre a erva-de-passarinho, uma interessante estratégia de várias aves para garantir alimento no Inverno. Como nós raramente nos lembramos de diversificar as árvores das cidades a fim de garantir alimentos para as aves durante todo o ano, elas se encarregam de plantar jardins suspensos em nossas árvores. Para nós, esses jardins são pragas. Para os passarinhos, verdadeiros restaurantes.
Se a erva-de-passarinho beneficia apenas as aves, esse ‘plantio’ pode parecer uma estratégia de sobrevivência egoísta, embora justa. No entanto, quando reparamos no trabalho das aves como operários da mata, colecionamos exemplos de bons serviços a diversas espécies. Vamos falar de saíras e bromélias. Mais do que falar de passarinhos coloridos e de belíssimas plantas ornamentais, vamos conhecer mais uma das importantes relações entre seres vivos.

Nas florestas, no período da seca (Inverno), as bromélias se tornam verdadeiras cisternas. São reservatórios de água para garantir a sobrevivência de inúmeras espécies, seres microscópicos, pequenas pererecas, cobras, aves e mamíferos como o quati e os macacos. As bromélias conseguem reservar a água da chuva em seu interior e, mesmo quando não chove, captam o orvalho que escorre para a base das folhas, onde a água fica armazenada, à disposição de diversos animais para matar a sede.
Muitos desses reservatórios são plantados no alto das árvores pelas saíras. O engenheiro agrônomo Orlando Graeff, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Bromélias, contou certa vez que, ao se alimentarem dos frutinhos de bromélias, as saíras limpam seus bicos em galhos de árvores ou eliminam sementes nas fezes, ‘plantando’ dessa forma seus jardins suspensos na mata. “Bromélias dos gêneros Aechmea, Nidularium, Billbergia e Neoregelia, garantem frutinhos a diversas aves”, afirmou. E, com certeza, tornam-se oásis nos períodos mais secos.

Agora vejamos: do nosso ponto de vista as bromélias são apenas plantas ornamentais e por acumularem água tornam-se potenciais criadouros do mosquito da dengue, entre outros, ameaçando nossa saúde. Já vi, inclusive, campanhas orientando a retirada de bromélias dos jardins. Mais uma vez, a nossa visão é extremamente egoísta. Talvez você diga que medidas para eliminar os possíveis criadouros de mosquito da dengue sejam mais necessárias que o capricho de manter bromélias nos jardins. Mas pouca gente sabe que é possível fazer as duas coisas: basta colocar uma colherinha de borra de café na água acumulada nas bromélias para que nenhum mosquito da dengue encontre condições ideais de reprodução.

As saíras ao ‘plantarem’ bromélias na mata beneficiam inúmeras espécies. Mais um bom exemplo de como a diversidade nunca se afasta da unidade do todo. Os seres vivos não apenas dependem, mas cooperam uns com os outros. Essa cooperação pode não ser intencional, mas é natural e real.
Nós, humanos, na maioria das vezes agimos apenas carregados de intenções. Algumas legítimas e boas, outras egoístas e pouco louváveis. Penso que os exemplos da natureza sejam um convite a tomarmos atitudes sem intenções boas ou más, simplesmente atitudes naturais. Cultivar uma planta que produza alimentos para as aves é uma dessas atitudes, um gesto de cooperação com a vida. E quando você notar outros seres beneficiando-se da sua atitude, encare como uma consequência natural. Afinal, quem semeia vida não pode colher outra coisa.

OBS: PELA MATÉRIA PODEMOS CONSTATAR A INTERAÇÃO DOS DIVERSOS "ATORES " DA NATUREZA, SEJAM ANIMAIS OU VEGETAIS. UNS COLABORAM COM OS OUTROS.  SÓ OS SERES HUMANOS, CHAMADOS DE "ANIMAIS RACIONAIS" É QUE DISTOAM DESSE PROCEDIMENTO, POIS ESTUPIDAMENTE SE ACHAM INDEPENDENTES. CASO AS PESSOAS FOSSEM MAIS OBSERVADORAS, SABERIAM COMO INTERAGIR COM SEUS SEMELHANTES, EVITARIAM POR EXEEMPLO O DESPERDÍCIO. QUANTAS FAMÍLIAS SE DÃO AO ABSURDO DE JOGAR TODOS OS RESTOS  DE ALIMENTOS DE UMA REFEIÇÃO NO LIXO, PARA NÃO COMEREM DEPOIS, A MESMA COMIDA, MESMO COM ALGUMA FORMA DE TRANSFORMAÇÃO. É ESTUPIDEZ, MAS JUGAM COMIDA FORA, ENQUANTO SABEMOS QUE MILHÕES DE SERES HUMANOS PASSAM FOME. MUITOS ANIMAIS TEM O CAPRICHO DE ENTERRAR A SOBRA DE SEU ALIMENTO PARA MAIS TARDE. ENTÃO A RACIONALIDADE, ESTÁ FALTANDO AOS CHAMADOS HUMANOS.

AQUI EM INDAIATUBA ON MORAMOS, TEMOS O RIO JUNDIAÍ, POLUIDO POR SEIS  OU SETE MUNICÍPIOS. JÁ HÁ MAIS DE 30 ANOS, AS PREFEITURAS FORMARAM UMA ESPÉCIE DE CONSÓRCIO ONDE OS PREFEITOS DESSAS CIDADES EM PARCERIA COM O ESTADO, FINGEM QUE TRATAM SEUS EFLUENTES, QUANDO NA VERDADE, QUEREM O DINHEIRO DESSE CONSÓRCIO. OS DIRIGENTES MUNICIPAIS SÃO MUITO PREOCUPADOS COM DINHEIRO !!!!SE TIVESSEM  REALMENTE A INTENÇÃO DE DESPOLUIR ESSE RIO, ELE JÁ ESTARIA LIMPINHO. NOSSAS SÁBIAS AUTORIDADES FAZEM REUNIÕES, DÃO ENTREVISTAS Á IMPRENSA (AUTO PROMOÇÃO), MAS PODEMOS VER QUE AS ÁGUAS CONTINUAM IMPRÓPRIAS. O QUE OS ANIMAIS FAZEM PARA PROTEGER A NATUREZA, OS "HUMANOS" FAZEM PARA DESTRUÍ-LA E EM MUITOS CASOS, SE APROPRIAM DA NATUREZA PELA ESPERTEZA E A PATIFARIA.
 

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