quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CARLINHOS CACHOEIRA E A CONSTRUTORA DELTA TEM RAMIFICAÇÕES EM NOSSA REGIÃO.


20/11/2012 - Atualizado em 20/11/2012

Relatório indica verba de Piracicaba e Campinas no esquema de Cachoeira

Ao menos R$ 43,2 milhões de cofres públicos foram para contas 'fantasmas'.

Valor representa 10% do total depositado em 4 contas, segundo relatório.

Do G1 Campinas e Região

O relatório de um grupo de parlamentares da bancada de oposição em Brasília (DF) indica que pelo menos R$ 43,2 milhões de obras públicas realizadas em Campinas (SP) e Piracicaba (SP) abasteceram quatro contas utilizadas no esquema de desvio de verba que envolve a Construtora Delta e o contraventor Carlinhos Cachoeira. A informação consta no documento que será apresentado, nesta quarta-feira (21), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas foi obtido em primeira mão pela EPTV, afiliada da Globo no interior paulista.

Segundo o texto assinado por deputados principalmente da bancada do PSDB, parte do dinheiro utilizado no esquema teria partido do serviço de coleta de lixo em Piracicaba e Campinas; de obras de saneamento na região do Parque Oziel - que já foi a maior área de ocupação irregular de Campinas -; além das obras de expansão do Polo de Pesquisa e Tecnologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). O valor que foi da região para as quatro contas representa 10% do total de R$ 421,6 milhões apontado pelo documento.

Vale esta Arte cronologia Cachoeira (Foto: Arte G1)De acordo com os parlamentares, o dinheiro era depositado na conta da construtora, que utilizava a verba para pagar 18 empresas de fachada envolvidas nas fraudes. Apesar de comprovar a presença do dinheiro público nas contas investigadas, o relatório não conclui a conivência das prefeituras e do Estado com o esquema.

A comissão mista de deputados e senadores investiga desde abril as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados. As investigações da Polícia Federal apontam que Cachoeira atuava como lobista e "sócio oculto" da construtora Delta, que teria repassado valores a firmas de fachada. Cachoeira está preso desde o dia 29 de fevereiro acusado de corrupção, formação de quadrilha e exploração do jogo ilegal.

Dinheiro da região

Pelo relatório dos parlamentares da oposição, o maior repasse da região localizado nas contas do esquema de corrupção foi da Prefeitura de Piracicaba, que entre março de 2011 e abril de 2012 repassou R$ 17,6 milhões à Delta para pagamento do serviço de coleta de lixo na cidade. Em seguida, aparece o consórcio Tecam, em Campinas, que também faz o serviço de coleta de lixo com um total de R$ 13,6 milhões, divididos entre 34 repasses feitos entre março de 2007 e março deste ano.

A Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento), de Campinas, fez 15 repasses a contas bancárias que abasteceram as empresas fantasmas da Construtora Delta no período de 2008 a 2010, em um total de quase R$ 8 milhões.

Já a Unicamp consta na lista da CPI como responsável pelo repasse de cinco parcelas, quatro delas este ano e uma em dezembro de 2011, em um total de pelo menos R$ 2,7 milhões. A Prefeitura de Campinas aparece com um único repasse de R$ 1,3 milhão em fevereiro de 2012.

A Delta não presta mais serviços às prefeituras de Campinas e Piracicaba e também não pode mais participar de licitações públicas.

Relatório tucano

O relatório da oposição será apresentado á CPI como voto em contrário ao relatório do relator da comissão, o deputado Odair Cunha (PT-MG), previsto para ser apresentado também nesta quarta-feira. O texto dos tucanos aponta que “o dinheiro desviado dos cofres públicos pela empresa Delta Construções tinha como objetivo, ora fomentar atividades criminosas do grupo comandado por Carlinhos Cachoeira, ora de pagar propinas, ora de financiar campanhas políticas”.

O que dizem os órgãos públicos

As prefeituras de Campinas e Piracicaba informaram, por meio de assessoria de imprensa, que o contrato com a Construtora Delta foi firmado após processo licitatório, em conformidade com a lei. As duas administrações informaram que os pagamentos foram feitos por meio de depósitos em contas indicadas pelas empresas e, segundo as prefeituras, ambas desconheciam as fraudes.

Dos órgãos citados no relatório, apenas a Unicamp mantém contrato com a Delta. Segundo a assessoria de imprensa da universidade, o contrato foi mantido porque trata-se de uma obra e o prejuízo seria grande em caso de paralisar a contrução.

A Delta também fazia parte do consórcio Tecam, responsável pelo lixo em Campinas. O consórcio informou que no período em que esteve associado, a Delta participou das atividades diárias do consórcio e não houve nenhuma fraude.

Já a Sanasa informou por meio de assessores que, à época do contrato com a Delta, a autarquia era comandada por outra diretoria vinculada ao governo Helio e que a atual diretoria não pode responder pelos atos da gestão anterior.

OBS: DURANTE O PERÍODO DO DR. HÉLIO À FRENTE DO GOVERNO DE CAMPINAS, A SANASA TINHA CONTRATOS COM A DELTA.









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