sexta-feira, 23 de novembro de 2012

DESCENTRALIZAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA É BENÉFICA.

23/11/2012

PIB de SP perde peso e cede R$ 57 bi a outros Estados de 2002 a 2010

FOLHA, PEDRO SOARES
DO RIO

Motor da economia do país, São Paulo perdeu, porém, peso no PIB nacional. De 2002 a 2010, a economia paulista cedeu 1,5 ponto percentual a outras Unidades da Federação, que tiveram maior crescimento econômico no período. Em valores, essa perda relativa corresponde a R$ 57 bilhões.

Ainda assim, o Estado de São Paulo, sozinho, ainda representava um terço (33,1%, exatos) do PIB brasileiro em 2010. O percentual era de 34,6% em 2002, segundo dados das Contas Regionais, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira.

O peso da economia paulista é maior do que a soma dos PIBs de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná --32,6%. Esses Estados integram, nessa ordem, as maiores economias regionais do país, ao lado de São Paulo. As cinco unidades da federação, juntas, abocanhavam dois terços do PIB do país (65,7%, exatos).

As demais 22 unidades da Federação ficavam com 34,3%. Esse peso, porém, era menor em 2002: 33,1%.

Segundo Frederico Cunha, técnico do IBGE, é natural o processo de descontração da economia brasileira com o avanço da renda mais acelerada principalmente nas regiões Norte e Nordeste, impulsionada por programas de transferência de renda e de promoção da agricultura familiar. O aumento da renda atraiu, diz, comércio e empresas.

"Mas os dados mostram ainda uma enorme concentração em poucos Estados. A distribuição do PIB brasileiro ainda é muito desigual."

Cunha diz que as economias mais maduras e maiores sofrem mais com a conjuntura, beneficiando-se mais quando a economia vai bem e sentindo mais o impacto de crises. É o caso de São Paulo e Rio de Janeiro principalmente, segundo Cunha.

PERDAS E GANHOS

Dentre as maiores economias do país, apenas Minas Gerais ganhou peso: 0,7 ponto percentual, o maior avanço de 2002 a 2010. Em valores, o ganho relativo (em detrimento à perda de participação de outras unidades da federação) foi de R$ 26,4 bilhões. O Estado se beneficiou do crescimento da agricultura (café, sobretudo), da agroindústria (leite) e da extração de minério de ferro.

O minério impulsionou Pará e Espírito Santo também, cujo peso subiu 0,3 ponto percentual e 0,4 ponto percentual, respectivamente. Depois de Minas Gerais, foram os maiores avanços ao lado de Santa Catarina (0,3 ponto).

Fora São Paulo, as maiores perdas foram das economias fluminense --de 0,8 ponto percentual, apesar do aumento da produção de petróleo-- e da gaúcha (0,4 ponto), prejudicada por sucessivas secas que afetaram a agropecuária e a cadeia de fornecedores (máquinas, defensivos etc), que é forte no Estado.

OBS: ALÉM DOS VALORES EM RECEITAS PARA OS ESTADOS, ENORME BENEFÍCIO QUEM SENTE É A POPULAÇÃO, QUE ESTÁ REDUZINDO MUITO AS MIGRAÇÕES. JÁ FOI O TEMPO EM QUE O POVO DO NORDESTE SE DESLOCAVA PARA SÃO PAULO. COM NOVAS PERSPECTIVAS PROFISSIONAIS, O POVO SE DESLOCA, PRÓXIMO DE SEU MEIO FAMILIAR. PONTO PARA OS GOVERNOS LULA E DILMA.


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