domingo, 11 de novembro de 2012

EMPRESAS ACOSTUMADAS A GANHAR ALTAS CIFRAS, AGORA SENTEM O PESO DO GOVERNO.

Empresas 'enquadradas' por Dilma perderam R$ 61 bilhões na Bolsa este ano

11 de novembro de 2012

RAQUEL LANDIM, NAIANA OSCAR - O Estado de S.Paulo

As intervenções feitas pelo governo federal em alguns setores da economia, em nome do aumento da competitividade, já custaram R$ 61,6 bilhões para as empresas. A cifra corresponde ao valor de mercado perdido pelos setores elétrico, bancário e de telecomunicações na Bolsa.

Para especialistas, as incertezas geradas pelas mudanças de regras afugentam investimentos e prejudicam o ambiente de negócios no País. Para o governo, no entanto, essas medidas podem dar uma nova cara à economia brasileira.

Desde o início do ano, as ações das empresas do setor elétrico caíram, em média, 24%. A queda foi de 21,4% nas telecomunicações e de 9,8% nos bancos, revela estudo feito por Sérgio Lazzarini, professor do Insper, e pela assistente de pesquisa Camila Bravo Caldeira. No mesmo período, o índice Ibovespa teve uma queda de apenas 0,8%.

"As relações entre Estado e empresas mudaram no governo Dilma", diz Lazzarini, autor do livro Capitalismo de Laços. "Em vez de movimentações de bastidores por meio do BNDES e dos fundos de pensão, como ocorria nos governos Lula e FHC, as intervenções são explícitas e ocorrem por meio de mudanças nas leis ou da utilização das estatais para forçar a concorrência."

Para o governo, as medidas eram necessárias. "O governo compreendeu que chegara o momento de fazer com que a eletricidade deixasse de ser um entrave para a competitividade das empresas brasileiras", escreveu o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmerman (ler artigo na página B3).

Para o presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, "a finalidade é justa, mas a maneira como foi conduzida gera insegurança". No início do mês, o governo detalhou seu plano para renovar as concessões para as geradoras, sob a condição de que aceitem patamares de preço inferiores. Se aceitarem as condições, a receita de 81 usinas pode despencar até 70%. A maior prejudicada foi a própria Eletrobrás. "Recebi ligações de investidores externos que queriam saber se o Brasil tinha virado uma Argentina", diz Gabriel Laera, analista do Banco Espírito Santo.

No setor de telecomunicações, a Agência Nacional de Telecomunicação decidiu que as grandes operadoras (TIM, Vivo, Claro e Oi) terão de compartilhar, a um custo duas vezes e meia menor, redes e infraestrutura com empresas menores, como Nextel, Sercomtel e CTBC.

"Com o plano, as donas da rede terão de renunciar a uma receita que têm hoje. Conclusão: as margens terão de encolher", diz uma fonte. Mas, para o especialista Guilherme Ieno, a Anatel está forçando a abertura das redes de acesso e favorecendo a entrada de novos competidores. "As operadoras estavam muito acomodadas." / COLABORARAM NAYARA FRAGA E LÍLIAN CUNHA

OBS: TOMEMOS COMO EXEMPLO AS EMPRESAS QUE EXPLORAVAM A MALHA RODOVIÁRIA FEDERAL. APÓS DILMA DETERMINAR AS REGRAS DA CONCESSÃO, OS ESPANHÓIS GANHARAM O DIREITO DE EXPLORAR A RODOVIA "FERNÃO DIAS", QUE UNE SÃO PAULO A BELO HORIZONTE. ESSA ESTRADA TEM 560 KM DE EXTENSÃO. NESSE PERCURSO TEM 7 PRAÇAS DE PEDÁGIO. ATUALMENTE PAGA-SE R$ 1,40 POR PRAÇA. O TRÁFEGO É INTENSO E A EMPRESA ESTÁ GANHANDO UM BOM DINHEIRO. AO DIVIDIRMOS 560 POR 7, TEREMOS UMA MÉDIA DE 80 KM RODADOS POR PRAÇA.

EM SÃO PAULO TEMOS UM SISTEMA DIFERENTE DE CONCESSÃO: O ESTADO GANHA UM PERCENTUAL DA ARRECADAÇÃO DA EMPRESA QUE EXPLORA UMA RODOVIA. ENTÃO O ESTADO VISA O "SEU LUCRO" AO CONCEDER O DIREITO DESSA EXPLORAÇÃO. NOSSOS COMPANHEIROS DE INDAIATUBA SENTEM NO BOLSO A EXPLORAÇÃO COM O USO DA ESTRADA SP-75, CUJA EMPRESA QUE A ADMINISTRA É A "RODOVIA DAS COLINAS". AO LADO DE NOSSA CIDADE TEMOS UMA PRAÇA DE PEDÁGIO QUE NOS COBRA R$ 10,50 PARA IRMOS A CAMPINAS E CUJA DISTÃNCIA É DE 28 KM. UM VERDADEIRO ROUBO.

NO MOMENTO EM QUE O PARTIDO DOS TRABALHADORES ESTIVER NO GOVERNO DE SÃO PAULO, ESSE CONTRATO TERÁ QUE SER REVISTO. SE OS ESPANHÓIS ESTÃO GANHANDO UM BOM DINHEIRO NA FERNÃO DIAS, ALGO ESTÁ ERRADO NOS CÁLCULOS DA PLANILHA DA "RODOVIA DAS COLINAS". POR ISSO QUE SETORES ESTRATÉGICOS COMO SETOR ELÉTRICO, TELECOMUNICAÇÕES E BANCOS ESTÃO CHIANDO A QUEDA DE SUAS ARRECADAÇÕES. QUANDO EXISTE EXPOLIAÇÃO, O GOVERNO TEM QUE INTERVIR. PONTO PARA DILMA !!!








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