sábado, 24 de agosto de 2013

EMPRESAS DO RAMO ALIMENTÍCIO ESTÃO SE ORGANIZANDO PARA FAZER FRENTE À REDUÇÃO DE SUA CLIENTELA. EM PARALELO, ESTUDOS DO IBGE, ÓRGÃO IDÔNEO DO GOVERNO, TEM RESULTADOS EM QUE MOSTRAM "A GULA" DESSES EMPRESÁRIOS QUE INFLACIONAM SEUS CUSTOS PARA LUCRAR MAIS (ISSO É ROUBO). ESSES EMPRESÁRIOS PRECISAM SABER BEM CLARO QUE, ELES, SÃO EMPREENDEDORES QUE APLICAM SEU CAPITAL PARA GANHAR DINHEIRO, MAS OS "PATRÕES SÃO OS CLIENTES". SE OS CLIENTES NÃO ENTRAREM PARA CONSUMIR, A CASA FECHA !!! AGORA, COM AS REDES DE COMUNICAÇÃO CADA VEZ MAIS DINÂMICAS, A CLIENTELA PASSA A INFORMAR SEUS COMPANHEIROS DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS, DO PREÇO DAS REFEIÇÕES, DA HIGIENE DAS CASAS, DO ACOLHIMENTO E ASSIM, SE UMA CADEIA OU EMPRESA BOBEAR, ACABA FECHANDO SEU ESTABELECIMENTO. ESSE MOMENTO É DE QUALIDADE, EFICIÊNCIA E PREÇOS COMPETITIVOS. NOSSA CIDADE DE INDAIATUBA ESTÁ SE TORNANDO UM CENTRO DE GASTRONOMIA. ENTÃO, OS EMPRESÁRIOS DA CIDADE QUE SE ACAUTELEM.

Cadeia de restaurantes busca eficiência: "bolso do consumidor tem limite".

Novo instituto reúne 20 empresas, entre distribuidores, fornecedores e redes de restaurantes.

Marília Almeida- iG São Paulo | - Atualizada às
 
Vinte empresas de todas os elos da cadeia do mercado de almentação fora do lar, o chamado food service, se unem ao criar um novo instituto, o Food Service Brasil (IFB), com objetivo de tornar a cadeia mais eficiente e, consequentemente, mais atrativa para cerca de 80 milhões de consumidores mensais no País.
Divulgação
A rede de comida casual Outback é uma das associadas ao novo instituto

A união de forças acontece em um momento delicado, que sinaliza diminuição do consumo e, consequentemente, queda de vendas em restaurantes. "Comer fora de casa, em comparação a outros países, é muito mais caro no Brasil. E o bolso do consumidor é finito", diz o coordenador geral do IFB, Tupa Gomes, CEO da empresa de logística Martin Brower.

Leia também:Chefs resistem ao boicote na internet contra preços
Nos últimos meses, consumidores se uniram em comunidades na internet para reclamar dos altos preços cobrados por restaurantes. São movimentos como Boicota São Paulo e SP Honesta, que trocam informações sobre restaurantes mais acessíveis e também apontam quem está cobrando preços altos.
Índices de inflação calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e também pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) apontam que o aumento de preços nos restaurantes chega ao dobro da inflação oficial.
Segundo Gomes, este alto custo é causado por custos de aluguéis, inflação de alimentos, mas também por uma "inflação do setor", provocada por ineficiências estruturais. "Elas se relacionam com problemas logísticos e questões tributárias".
São as duas frentes que o grupo de empresas deve atacar para tornar o segmento mais produtivo e, como consequência, reduzir custos para os restaurantes, e preços para os consumidores.
Entre os interessados em melhorar a competividade do setor, estão redes como Alsea (do chinês PF Chang´s), Spoleto, Subway, BFFC (Bob's), Burger King, IMC (Frango Assado, Go Fresh, Viena) e Outback; fornecedores como Ambev, Coca-Cola, BRFoods, Marfrig e Unilever; e também distribuidores, como o atacadista Makro e empresas de logística.
Juntas, estas empresas faturam mais de R$ 35 bilhões por ano, o que corresponde a 35% de um mercado que movimenta em torno de R$ 130 bilhões ao ano.

Tributos altos
O instituto considera que a expansão da base de arrecadação de tributos foi conduzida de forma errônea no segmento. "Não concordamos com a taxação sobre insumos para restaurantes, que está sendo expandida para outros Estados".
Isso porque esses produtos fazem parte de uma pequena indústria, na visão do instituto, e não podem ser enquadrados como produtos comercializados nos estabelecimentos. "O Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) está de olho e vamos tentar com certa urgência reverter isso. É nossa primeira bandeira", conta Gomes.
Para ele, sem atacar esses custos, o consumo de alimentos fora de casa vai ficar cada vez mais caro. Na visão do vice-presidente da Unilever Food Solutions, Ricardo Marques, a alimentação fora do lar é uma necessidade. "Não é um luxo. Quem se alimenta fora de casa durante a semana é quem trabalha e precisa de uma comida saudável e a um preço condizente".

Falta de modais
Hoje a distribuição de alimentos é concentrada em transporte via caminhões, que fazem a entrega dos alimentos para restaurantes, conta o executivo do IFB. "Se pune muito o caminhão nas grandes cidades quando se deveria punir a carga e descarga em certos períodos, que é o que os shoppings fizeram".
Cada restaurante pode ter a necessidade de diversas entregas por dia. A restrição, segundo as empresas, provoca um custo operacional maior. Para o instituto, apenas transferir as entregas para o período noturno, sem pensar nestas questões, não soluciona o problema. "As empresas começam a buscar alternativas, como pequenos caminhões para entrega".
Crescimento
Em 2012, cerca de 32% da população brasileira fez suas refeições fora de casa ou comprou alimentos prontos para viagem. Em 2002, o índice era de 24%.
O mercado de food service atinge 40% da população nos Estados Unidos. O número já chegou a 50%, mas recurou 10 pontos percentuais com a crise econômica. No Brasil, este percentual só é registrado entre as classes com maior renda.
O crescimento foi impulsionado pelo aumento de atividades fora de casa e horas de trabalho da população, que deram impulso, consequentemente, à busca por conveniência. Voltar para casa para almoçar hoje é um luxo nas grandes cidades, na visão dos executivos.
Segundo eles, o consumidor de restaurante é sensível, instável, e se manifesta na loja. "Ele vai trocando o consumo por restaurantes mais baratos até uma hora em que opta por levar comida de casa", conclui Tupa. "Acreditamos que a indústria pode dobrar de tamanho com mais eficiência.

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