quarta-feira, 14 de agosto de 2013

MESMO COM FORTE OPOSIÇÃO DA CLASSE MÉDICA BRASILEIRA, O GOVERNO DILMA AVANÇA COM O PROGRAMA "MAIS MÉDICOS". NÃO FAZ SENTIDO TERMOS GRANDE CONCENTRAÇÃO DESSES PROFISSIONAIS NA REGIÃO SUDESTE E ENORME CARÊNCIA NO NORTE E NORDESTE. GRANDE PARTE DOS NOSSOS MÉDICOS ESTUDARAM EM NOSSAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS E NA HORA DE SERVIR SEU PAÍS, NÃO ACEITAM TRABALHAR EM REGIÕES REMOTAS, LONGE DOS GRANDES CENTROS. ENTÃO, ESSA MEDIDA DO GOVERNO SE MOSTRA ACERTADA, POIS OS MÉDICOS DE FORA IRÃO JUSTAMENTE PARA OCUPAR AS VAGAS QUE OS BRASILEIROS NÃO QUISERAM. COM O TEMPO, DEPOIS QUE "SENTAR A POEIRA", HAVERÁ UMA CONVIVÊNCIA FRATERNA ENTRE TODOS. O IMPORTANTE OCORRERÁ COM A POPULAÇÃO. HAVERÁ MÉDICOS PARA ATENDÊ-LA NOS POSTOS DO SUS EM TODO O PAÍS.

Governo acerta vinda dos primeiros médicos cubanos para o Brasil

Por Clarissa Oliveirae Priscilla Borges, iG Brasília |
Texto
 

Cerca de 300 profissionais estão preparados para desembarcar no país no próximo dia 26; Ministério da Saúde afirma que negociações para acordos coletivos em Cuba e outros países seguem em andamento

Empenhado em amarrar acordos coletivos com outros países para abastecer o programa Mais Médicos, o governo federal está acertando a vinda de uma primeira leva de profissionais estrangeiros para o Brasil. O iG apurou que um grupo de aproximadamente 300 médicos cubanos está pronto para desembarcar no país, o que poderia ocorrer já no próximo dia 26.
Esses profissionais se somam aos demais 938 médicos brasileiros e 715 estrangeiros que participaram da primeira etapa de inscrições do programa. Esses casos, entretanto, se referem a profissionais que se inscreveram individualmente no programa.

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Oficialmente, o Ministério da Saúde confirma apenas que as negociações para acordos coletivos com outros países, entre eles Cuba, estão sendo conduzidas pelo ministro Alexandre Padilha. Essa abordagem, segundo a pasta, é prioritária na nova etapa de recrutamento de profissionais para o Mais Médicos. Segundo o ministério, entretanto, os acordos ainda não estão fechados.
Os profissionais que serão trazidos dentro do programa Mais Médicos serão encaminhados a municípios onde não houve nenhum candidato interessado em trabalhar, após seleção inicial realizada pelo Ministério da Saúde. Padilha vai anunciar na manhã de hoje um balanço detalhado dessas primeiras convocações. O número de participantes ainda está muito distante das 15.460 vagas que precisam ser preenchidas em todo o país, de acordo com os dirigentes municipais.
O programa Mais Médicos foi lançado há pouco mais de um mês pelo governo federal como uma aposta para resolver a escassez de médicos em áreas isoladas ou de risco. Além de atrair estrangeiros para o Brasil, o projeto prevê a abertura de mais vagas de Medicina, aumento de bolsas em residência e mais investimentos em infraestrutura.
A atração de médicos estrangeiros para atuarem no Brasil, que será supervisionada por professores universitários e fará parte de um programa de especialização, não agrada a grande parte das entidades médicas. Em maio, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, chegou a anunciar que 6 mil médicos de Cuba viriam trabalhar em regiões pobres. Mas a polêmica em torno do assunto levou o governo a recuar. As críticas versam sobre temas que vão desde a forma como o governo cubano gerencia a categoria até questionamentos sobre a qualificação desses profissionais.

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Entre os que defendem a atração de profissionais vindos de Cuba, o argumento é de que as críticas são reflexo de “preconceito”. “Eles possuem uma das menores taxas de mortalidade infantil do mundo. Há muito preconceito”, diz o deputado Rogério Carvalho (PT-SE).
Coordenador da Associação Médica Nacional Maíra Fachini, composta por brasileiros formados em Cuba, o médico Wesley Caçador Soares, defende a atuação dos profissionais no Brasil durante o período de especialização. Ele, que revalidou seu diploma na Universidade Federal do Ceará, conta que a associação possui cerca de 300 médicos brasileiros cujos diplomas cubanos não foram revalidados no país. “Deles, 95% se inscreveram no Mais Médicos. Somos defensores do SUS”, afirma.

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