quinta-feira, 15 de agosto de 2013

SANGUE NOVO NO STF. BARROSO SABE ONDE ESTÁ PISANDO.

Sem reforma política, ministro diz que julgamento do mensalão terá sido 'em vão'.

Luís Roberto Barroso, que tomou posse em junho no STF, fez um discurso duro sobre o sistema político brasileiro ao analisar os embargos de declaração

Por iG São Paulo, 14/8/2013
ALAN SAMPAIO/iG BRASILIA
O ministro do STF Luís Roberto Barroso
Em sua primeira manifestação no julgamento do mensalão, o ministro Luís Roberto Barroso, que tomou posse em junho, fez um discurso duro contra o sistema político brasileiro e disse que o processo terá “sido em vão” se não houver a reforma política. Ele criticou o custo astronômico das campanhas, a irrelevância programática dos partidos e o sistema eleitoral e partidário que dificulta a formação de maiorias politicas estáveis. “O julgamento, mais do que a condenação de pessoas, significou a condenação de um sistema político, eleitoral e partidário”, afirmou.

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E continuou: “A imensa energia dispendida na Ação Penal 470 terá sido em vão se não forem tomadas providências urgentes de reforma no sistema político. Sem reforma política tudo continuará como sempre foi, a distinção entre os que foram pegos e os que não foram”. O ministro disse que o mensalão foi o esquema “mais investigado de todos e o que teve a resposta mais contundente do Judiciário”. Ele lembrou ainda que a ação penal apurou desvios que teriam custado cerca de R$ 150 milhões.
STF reforçou a segurança para acompanhar o primeiro dia do julgamento dos recursos do mensalão, nesta quarta (14). Foto: ALAN SAMPAIO/iG BRASILIASTF reforçou a segurança para acompanhar o primeiro dia do julgamento dos recursos do mensalão, nesta quarta (14). Foto: ALAN SAMPAIO/iG BRASILIASTF reforçou a segurança para acompanhar o primeiro dia do julgamento dos recursos do mensalão, nesta quarta (14). Foto: ALAN SAMPAIO/iG BRASILIASTF inicia julgamento dos recursos do mensalão na quarta-feira (14). Foto: ALAN SAMPAIO/iG BRASILIASessão é a estreia do ministro Luís Roberto Barroso no mensalão, último a entrar na corte. Foto: ALAN SAMPAIO/iG BRASILIAA ministra Rosa Weber participa do julgamento dos recursos do mensalão na quarta-feira (14). Foto: ALAN SAMPAIO/iG BRASILIASTF inicia julgamento dos recursos do mensalão na quarta-feira (14). Foto: ALAN SAMPAIO/iG BRASILIAJoaquim Barbosa preside sessão de julgamento dos recursos do mensalão na quarta-feira (14). Foto: ALAN SAMPAIO/iG BRASILIASTF inicia julgamento dos recursos do mensalão na quarta-feira (14). Foto: ALAN SAMPAIO/iG BRASILIAO procurador-geral da República Roberto Gurgel participa do julgamento dos recursos do mensalão na quarta-feira (14). Foto: ALAN SAMPAIO/iG BRASILIASTF inicia julgamento dos recursos do mensalão na quarta-feira (14). Foto: ALAN SAMPAIO/iG BRASILIASTF inicia julgamento dos recursos do mensalão na quarta-feira (14). Foto: ALAN SAMPAIO/iG BRASILIA
STF reforçou a segurança para acompanhar o primeiro dia do julgamento dos recursos do mensalão, nesta quarta (14). Foto: ALAN SAMPAIO/iG BRASILIA
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Barroso lembrou outros esquemas de corrupção, como o Escândalo dos Precatórios, os Anões do Orçamento e os desvios de verbas na construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. “Não se pode fechar os olhos de que o mensalão não se constituiu um evento isolado. Ele se insere numa tradição lamentável, que vem de longe”, disse. "A corrupção é um mal em si e não deve ser politizada." Barroso disse que a sociedade tem cobrado "um choque de decência" em várias áreas.

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