quarta-feira, 14 de agosto de 2013

MEDIDA ACERTADA TOMOU NOSSO GOVERNO PARA PROPORCIONAR FORTE APOIO À NOSSA POPULAÇÃO, PRINCIPALMENMTE AS QUE VIVEM DISTANTE DOS GRANDES CENTROS.

Médicos Cubanos para o SUS e para o povo! Texto: Wesley C. Soares

Publicado por: Luiz Fernando Lopes | Data: quinta-feira, 16 de maio de 2013 | Horário: 14:23

ImageWesley Caçador Soares (foto) é médico formado em Cuba, e Coordenador Nacional da Associação Médica Nacional Dra Maíra Fachini.

A reação virulenta e atrasada do conselho federal de medicina, apoiado por setores da elite e da mídia burguesa nacional, ao iniciar uma serie de ataques caluniosos e preconceituosos contra a medicina Cubana, desde o ultimo dia 6 de maio, após o anuncio da intenção do governo Dilma de adotar a medida de importação de médicos cubanos, representa uma atitude desesperada e covarde na tentativa de barrar o avanço do possível convenio de cooperação medica entre Brasil e Cuba, que objetiva a contratação de 6 mil médicos cubanos para atuarem no sistema único de saúde, especificamente na atenção básica, nas regiões mais carentes e remotas do país.

Como o objetivo da corporação medica é desviar o foco do problema principal, que é a falta de médicos e a má distribuição dos mesmos pelo país, contrariando seu próprio estudo publicado sob o titulo Demografia Medica no Brasil, que acabou saindo pela culatra, pois evidenciou as contradições e deficiências da má distribuição dos médicos entre as diversas regiões do país, ao revelar que vários estados das regiões norte e nordeste dispõem de menos de um medico para cada mil habitantes enquanto a capital do país conta com a maior media nacional que é de 4,2 seguida por Rio de Janeiro com 3,57 São Paulo 2,58 e Rio Grande do Sul 2,31 médicos por mil habitantes.

Utilizam um arsenal mais pesado que os de guerra para tentar desqualificar a medicina Cubana, entretanto contra fatos não há argumentos e a medicina cubana é disparada e comprovadamente a melhor medicina do nosso continente e uma das melhores do mundo, pois sustenta os melhores índices de saúde do continente, superando os indicadores de saúde inclusive da maior potencia mundial que são os Estados Unidos, abaixo enumero alguns dados:

- Relação Médico Paciente é de um medico para cada 148 pessoas.(dobro dos EUA)
- Expectativa de vida em cuba é de 78 anos, superior ao dos EUA.
- Taxa de mortalidade infantil 4,9 por mil nascidos vivos inferiores a de Canadá e dos EUA.

O Brasil é um país imenso de proporções continentais, com mais de 5560 municípios, dos quais segundo a organização mundial da saúde 455 estão sem sequer um único médico. Fato é que o País tem hoje, em torno de 371.788 médicos atuando. Se esses profissionais estivessem bem distribuídos, teríamos a confortável proporção de 500 pessoas por médico. Mas não é isso que acontece, pois 55 % desse total de 330 mil atuam na medicina privada e 70 % dos médicos brasileiros concentram se nas regiões sul e sudeste do país. A grande maioria deles está nas capitais. Só São Paulo oferece, hoje, 60% das vagas de residência médica que é o principal fator de fixação do médico.

As últimas pesquisas e levantamentos realizados no Brasil sobre os serviços públicos essenciais revelaram, que em primeiro lugar no ranking das prioridades eleitas e destacadas pela população brasileira estão às demandas por saúde pública de qualidade e principalmente respostas urgentes do governo para solucionar o problema da falta de médicos.

Diante da missão impossível do governo de prover e assegurar atendimento médico ao povo brasileiro com seus próprios recursos humanos, embora aplicando a máxima do capital, através da lei de oferta com salários atrativos superiores aos dos grandes centros e a criação de programas como o PROVAB, que busca gerar provimento e fixação mediante a interiorização dos profissionais médicos, oferecendo salário de 8 mil,especialização em serviço,progressão na carreira e pontuação para uma segunda especialização e residência, a universalização do acesso a atenção médica esta muito distante por esta via. E isso não ocorre por acaso. A origem do problema radica no modelo de formação dos profissionais médicos no Brasil.

Anualmente no país formasse 13 mil médicos, distribuídos pelas 200 faculdades de medicina, sendo 116 privadas, 48 federais, 29 estaduais e 7 municipais, nosso modelo de formação flexineriano, hospitalocentrico e medico centrado precisa ser urgentemente revisto, pois as estatísticas demonstram que as universidades públicas estão formando médicos para o mercado descumprindo sua função social, já que o aproveitamento no serviço público dos médicos egressos das universidades públicas deixa a desejar, não alcançando 50% de ingresso no SUS. Aproveitamento este inadmissível, uma vez que o custo de formação de um acadêmico de medicina na universidade pública pode chegar a custar 790 mil reais para o erário, isso sem levar em consideração o perfil de quem ocupa a cadeira nos cursos públicos de medicina, que predominantemente são preenchidos pela classe média alta.

Seguir formando mais médicos nesse modelo equivocado é seguir perpetuando o problema e se curvar a lógica corporativa da elite medica brasileira e admitir uma cultura de mercantilização da vida em detrimento do capital e do lucro.

A qualidade na formação médica Cubana bem como a alta compatibilidade curricular entre os cursos de medicina de ambos os países, já foi atestada pelo governo brasileiro, que realizou oficialmente visita técnica ministerial, nos meses de janeiro a fevereiro de 2004 em Cuba, resultando na produção de um relatório pelo MEC e pelo Ministério da Saúde que apontou equivalência curricular superior a 90% entre as diretrizes curriculares do curso de medicina Cubano com o Brasileiro, faltando apenas noções sobre o SUS e doenças tropicais endêmicas daqui.

Indiscutivelmente o modelo de medicina integral, preventivo, comunitário e humanizado, fez com que Cuba fosse reconhecida internacionalmente como um dos melhores sistemas universais de saúde do mundo pela OMS, gozando dos mais altos níveis de indicadores, que a coloca na posição 51 no relatório de desenvolvimento da ONU, com um alto desenvolvimento humano e social.Isso se reflete nos avanços de vários tipos de tratamento de doenças inclusive com vacinas contra Câncer de Pulmão,Cura do Parkinson, Hepatite B, Meningites e a Dengue que permitiu o registro de mais de 1200 patentes e comercialização de vacinas em mais de 50 países do mundo.

Fazem mais de 50 anos que os médicos Cubanos trabalham em missões medicas internacionalistas no atendimento as populações pobres do mundo. Atuando exatamente nas regiões mais problemáticas e sem infraestrutura. Os números dessas cinco décadas traduzidos em estatística revelam que no total, os médicos cubanos trataram mais 80 milhões de pessoas e salvaram mais de um milhão de vidas pelo mundo. São os mais experientes realizando essas missões, conforme reconhece a própria Organização Mundial de Saúde.

Atualmente mantém cooperação medica com mais de 60 países de todos os continentes.

Portanto a vinda dos médicos Cubanos para o Brasil, não pode ser nem um tabu muito menos uma falsa tragédia produzida e promovida através de mentiras espúrias por interesses corporativos e de mercado a custa da dor e da morte do nosso povo mais pobre e humilde, que hoje padecem porque a saúde no Brasil está enferma. Ao mesmo tempo em que o País passa a dominar complexa tecnologia médica, em pé de igualdade com os centros de excelência em medicina mundo afora, a população está exposta a doenças da pobreza como malária, dengue e febre amarela. Para tratá-las, o SUS não dispõe de profissionais em número compatível com a demanda. A falta de médicos atinge sobretudo os rincões mais pobres e afastados dos grandes centros urbanos. (Texto: Wesley C. Soares)


Fonte: zedirceu.com.br
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