terça-feira, 20 de agosto de 2013

OS TÉCNICOS DESCONFIAM DE DESPEJO DE ESGOTOS NO RIO. A PRÁTICA DESSE PROCEDIMENTO É COMUM EM GRANDA PARTE DE NOSSO PAÍS. É VER O CASO DO RIO PARAIBA, DO RIO SÃO FRANCISCO, DO TIETÊ QUE AO PASSAR POR SALTO, FORMA "MONTANHAS DE ESPUMA. A CETESB TEM QUE PUNIR OS INFRATORES, SEJAM INDÚSTRIAS OU CIDADES. EM MUITOS CASOS OS TÉCNICOS DA CETESB, "SÃO ASSINADORES DE PAPÉIS". OBS: AS FOTOS DO TEXTO, SÓ PARA EXEMPLIFICAR SÃO DO RIO TIETÊ, EM SALTO

Espuma no rio deixa especialistas desconfiados

iG Paulista - 20/08/2013 05h00 |
André Luís Cia | andre.cia@gazetadepiracicaba.com.br

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Espuma no Rio Piracicaba pode ser resultado de despejo de esgoto
Indignados com a presença de uma grande concentração de espuma no Rio Piracicaba, e desconfiados de que o material possa ter sido causado por esgoto, membros da Sodemap (Sociedade de Defesa do Meio Ambiente de Piracicaba) fotografaram por dois dias seguidos o fenômeno. O ponto de maior acúmulo foi encontrado próximo ao Museu da Água, em Piracicaba.

De acordo com um dos membros da Sodemap, o engenheiro agrônomo Antonio Claudio Sturion Junior, o material não é algo natural. Ele diz com 90 % de convicção que a espuma pode ser esgoto. "Não sabemos quem está despejando isso no rio, mas é um absurdo que façam isso com a nossa natureza". Sturion diz que a baixa vasão do rio nos últimos meses, aliado à falta de chuva, contribuiu para que o material fosse visualizado mais facilmente.

A engenheira agrônoma e médica Eloah Margoni também foi uma das pessoas que desconfiou da espuma no rio. Ela, que é vice-presidente da Sodemap, disse que estava passando com uma amiga no Museu da Água e ficou surpresa ao avistar a espuma. "Não sei qual a procedência dela, mas isso significa que existe algum tipo de poluição. Esse caso precisa ser investigado".

Na última quarta-feira (14), a vazão do Rio Piracicaba, no trecho que corta a cidade, era de 36,5 metros cúbicos por segundo. O índice era 45,5% menor se comparado ao mesmo dia no ano passado. Preocupados com essa situação, representantes do Instituto Beira Rio se reuniram com o presidente da Câmara dos Vereadores de Piracicaba, João Manoel dos Santos (PTB) para discutir o assunto. Foi elaborado um ofício destinado à Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico para solicitar maior liberação de água do Sistema do Cantareira — atualmente são disponibilizados 5 metros cúbicos de água por segundo.

A água do Rio Piracicaba é de responsabilidade de dois grupos: um técnico, responsável pela vasão, formado pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e Semasa (Serviço de Água, Saneamento Básico e Infraestrutura). O segundo grupo é composto pelos Comitês PCJ (Comitê das Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rio Piracicaba e Jaguari, Câmara Técnica da Sociedade Civil, empresas e usuários que cuidam da quantidade de água que será liberada. Outro lado

A assessoria de imprensa da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de Piracicaba) informou que foi realizada vistoria na área urbana apontada do Rio Piracicaba e que não foi constatado espuma em grandes quantidade.

Em nota, informou que: “como a região é densamente urbanizada, e o rio Piracicaba é receptor de esgotos de vários municípios da região; devido à concentração de surfactantes (detergentes) dos esgotos domésticos, que são lançados nos corpos hídricos, isso acaba provocando a formação de espuma em excesso.

Referente ao tratamento de esgotos domésticos, a previsão para concluir 100% do tratamento no município é para o final de 2014. Atualmente, Piracicaba conta com aproximadamente 60% a 65% do esgotos tratado.No período de estiagem, a concentração de poluentes aumenta e, devido a diminuição da vazão do corpo receptor, acaba provocando episódios mais críticos”, finaliza a nota.












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