quinta-feira, 8 de agosto de 2013

PARTICIPANTES DOS MOVIMENTOS POPULARES DE JUNHO FIZERAM NOVO ATO, DESSA VEZ, INVADINDO A CÂMARA MUNICIPAL. CAMPINAS, UMA CIDADE REFERÊNCIA NO PAÍS, NESSE MOMENTO CONVIVE COM UM CLIMA DE PERPLEXIDADE, POIS OS POLÍTICOS LOCAIS, ASSIM COMO ACONTECE EM BRASÌLIA, "PENSAM" QUE JUNHO JÁ FOI ESQUECIDO. PARA CONHECIMENTO DA CLASSE POLÍTICA, EXISTE UMA PREPARAÇÃO PARA NOVO MOVIMENTO AINDA MAIS FORTE NA PRIMEIRA SEMANA DE SETEMBRO. O "7 DE SETEMBRO" É UMA REFERÊNCIA DE INDEPENDÊNCIA, MAS NOSSO PAÍS AINDA NÃO CONSEGUIU A INDEPENDÊNCIA DOS POLÍTICOS CORRUPTOS E CARREIRISTAS, QUE SÓ PENSAM EM OBTER VANTAGENS PARA SI E PARA OS SEUS PARENTES E AMIGOS. DA CLASSE POLÍTICA, SÓ DILMA CONTINUA A LUTAR POR UM PLEBISCITO. NOSSO POVO PRECISA SER OUVIDO, MAS NOSSOS CONGRESSISTAS ESTÃO VICIADOS NAS "TRETAS" E JÁ AFIRMARAM QUE NÃO HÁ TEMPO HÁBIL PARA ESSA CONSULTA, CUJOS RESULTADOS PRECISAM VALER PARA AS ELEIÇÕES DE 2014.

Ativistas invadem a Câmara e fazem baderna

iG Paulista - 08/08/2013 00h33 |
Felipe Tonon | felipe.tonon@rac.com.br

Foto: Janaína Maciel/AAN
Cerca de 100 manifestantes ocuparam a Câmara de Vereadores de Campinas, na noite desta quarta-feira (7)
Cerca de 100 manifestantes ocuparam a Câmara de Vereadores de Campinas, na noite desta quarta-feira (7)Cerca de 200 manifestantes da Frente Contra o Aumento da Passagem invadiram a Câmara Municipal de Campinas, por cerca de cinco horas, na noite desta quarta-feira (7), para cobrar do Legislativo uma resposta sobre uma lista de reivindicações que foi entregue à Casa antes do recesso, há pouco mais de um mês. Cerca de 120 pessoas foram detidas.

O plenário foi tomado e a sessão, encerrada. Alguns ativistas que estavam mascarados quebraram cadeiras, mesas e picharam paredes, além de criar uma barricada nas portas que dão acesso aos gabinetes com mesas, cadeiras e fios. Integrantes do movimento também penduraram faixas, retiraram bandeiras e subiram nas mesas.

A Tropa de Choque teve de ser acionada. O presidente da Casa, Campos Filho (DEM), fez pedido de reintegração de posse ainda nesta quarta. Por volta das 23h45 o tenente-coronel Nelson Vicente Coelho decidiu conduzir o grupo à delegacia em dois ônibus, por desobediência e depredação, com a presença da imprensa, após uma tentativa frustrada de retirada pacífica.

Apenas nove manifestantes tinham aceitado a condução à polícia. Os demais resistiam à tentativa de negociação para sair do plenário e muitos eram retirados arrastados, sem o uso de armas. Os ativistas eram retirados um a um e uma jovem chegou a chutar policiais. Depois de 40 minutos de atuação da polícia para a retirada, o prédio foi desocupado, por volta da 0h30 desta quinta (8).

O grupo que tomou o plenário é formado por vários movimentos e também exibiram bandeiras do PSTU e do JSOL, um coletivo ligado ao PSOL. Por alguns minutos, alguns vereadores ainda transitaram entre os manifestantes, mas depois subiram para a sala da Presidência para se proteger e estudar propostas a serem apresentadas aos invasores.

Com uma paralisação iniciada nesta quarta pela Guarda Municipal (GM), a entrada dos manifestantes foi facilitada. No momento da invasão, apenas seis guardas protegiam a Casa.

A ideia do movimento, antes da entrada da Tropa de Choque, era acampar na Câmara. Eles receberam comida, água e pediram colchões para passar a noite no local. Entre as reivindicações do grupo estão o passe livre para estudantes e a realização de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes.

Os manifestantes levaram um boneco de pano para representar o secretário de Transportes, Sérgio Benassi. Segundo Bruno Modesto, do movimento Domínio Público, o boneco seria queimado como pedido da saída do secretário da pasta.

A concentração do protesto começou por volta das 17h30 no Largo do Rosário, no Centro. Às 18h15, eles saíram em passeata, bloqueando várias avenidas importantes da cidade até chegarem à Câmara, que foi invadida por volta das 19h30.

“Em um mês, só cinco vereadores assinaram a favor da CPI dos Transportes. Esse protesto é para pressionar os vereadores quanto a isso e para pedir o passe livre para os estudantes. Quando ficamos acorrentados na Câmara os vereadores ficaram de estudar nossas propostas, e estamos cobrando isso”, disse Gabriel Merlotto, do movimento Domínio Público. “Queremos transparência nos contratos e licitações”, afirmou Otávio de Almeida Mancuso, do movimento Juntos.

Na área que dá acesso aos gabinetes, antes dos atos de vandalismo, houve clima de tensão entre os vereadores. O Choque foi acionado muito tempo depois da ocupação.

Após a chegada do reforço policial, por várias vezes, o presidente da Câmara tentou abrir negociação com os manifestantes, mas foi hostilizado porque queria apenas um representante de cada movimento. O pedido não foi aceito pelos manifestantes, que queriam que Campos Filho fosse até eles para negociar.

Para o vereador Paulo Bufalo (PSOL, um dos partidos que apoia o movimento), a aproximação entre os partidos de esquerda e os movimentos é natural, uma vez que os partidos vão se identificando com a pauta de reivindicações.

O presidente da legenda em Campinas, Arley Medeiros, também participou da invasão, que diz apoiar. Afirmou, porém, que é a favor de uma autonomia do grupo em relação a partidos políticos. “A juventude está pedindo, está lutando faz tempo e ninguém dá ouvido. Uma hora, ela cansa e faz o que está fazendo”, disse.

Colaborou Milene Moreto/AAN





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