Privatização do Maracanã pode ser cancelada, diz Sérgio Cabral
Após série de protestos, governador do Rio garante que Célio de Barros não será mais demolido
02 de agosto de 2013 | 11h 01
SILVIO BARSETTI - Agência Estado
RIO - O processo de privatização do Maracanã pode sofrer uma reviravolta. Foi
o que deixou claro o governador do Rio, Sérgio Cabral, em entrevista concedida
nesta sexta-feira no Palácio Guanabara, quando ele anunciou que o estádio de
atletismo Célio de Barros, localizado no Complexo do Maracanã, não será mais
demolido. Na última segunda-feira, Cabral tomou a mesma decisão com relação ao
Parque Aquático Julio Delamare, que também fica na área do estádio.
"A concessão está em suspenso", disse o governador. "Você estabelece normas, regras, publica um edital. E muda-se tudo. Havia uma disputa com algumas características e isso mudou. Então entra aí o aspecto jurídico, não só o econômico-financeiro", continuou Cabral.
Ao lado dele, o presidente do Consórcio Maracanã S.A., João Borba pediu 20 dias para que o grupo analise a nova situação criada com a permanência dos dois equipamentos esportivos. Indagado sobre a possibilidade de o contrato com o governo ser suspenso, ele respondeu: "Não tenho a menor ideia". Antes, Borba deu a entender que a privatização está mesmo sob sério risco. "Vamos verificar agora para ver se é possível somente o estádio mostrar resultados", declarou.
Borba acrescentou que havia um plano de negócios ainda em elaboração muito voltado para a construção de lojas, restaurantes, um museu do esporte e estacionamento exatamente nos locais onde seriam demolidos o parque aquático e o estádio de atletismo. Ele disse que não sabe se o consórcio vai se satisfazer apenas com a arrecadação proveniente da bilheteria dos jogos de futebol. "Essas receitas acessórias de visitação, restaurantes, lojas, etc. são muito fundamentais", afirmou o presidente do consórcio.
Além de Cabral e Borba participaram da entrevista outras autoridades, como o presidente da Federação de Atletismo do Rio, Carlos Alberto Lancetta.
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Estadão
Para Cabral, concessão não deverá elitizar
o estádio
"A concessão está em suspenso", disse o governador. "Você estabelece normas, regras, publica um edital. E muda-se tudo. Havia uma disputa com algumas características e isso mudou. Então entra aí o aspecto jurídico, não só o econômico-financeiro", continuou Cabral.
Ao lado dele, o presidente do Consórcio Maracanã S.A., João Borba pediu 20 dias para que o grupo analise a nova situação criada com a permanência dos dois equipamentos esportivos. Indagado sobre a possibilidade de o contrato com o governo ser suspenso, ele respondeu: "Não tenho a menor ideia". Antes, Borba deu a entender que a privatização está mesmo sob sério risco. "Vamos verificar agora para ver se é possível somente o estádio mostrar resultados", declarou.
Borba acrescentou que havia um plano de negócios ainda em elaboração muito voltado para a construção de lojas, restaurantes, um museu do esporte e estacionamento exatamente nos locais onde seriam demolidos o parque aquático e o estádio de atletismo. Ele disse que não sabe se o consórcio vai se satisfazer apenas com a arrecadação proveniente da bilheteria dos jogos de futebol. "Essas receitas acessórias de visitação, restaurantes, lojas, etc. são muito fundamentais", afirmou o presidente do consórcio.
Além de Cabral e Borba participaram da entrevista outras autoridades, como o presidente da Federação de Atletismo do Rio, Carlos Alberto Lancetta.
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