terça-feira, 6 de novembro de 2012

JUSTIÇA DETERMINA SEGREDO EM PROCESSO

Justiça determina segredo em processo

Reinaldo Nogueira e Celio Massao Kanesaki respondem à ação do MP por suposta compra de votos

Atualizado em 05/11/2012 às 11h01,
Publicado em 01/11/2012 às 17h53

Danilo Tezoto - cidades@tribunadeindaia.com.br
Ana Polastri

Geladeira e forno de microondas foram doados à escola estadual, o que gerou processo

A Justiça Eleitoral de Indaiatuba determinou esta semana segredo de Justiça nos processos em que o prefeito reeleito Reinaldo Nogueira (PMDB) e o vereador eleito Celio Massao Kanesaki (DEM) são investigados por supostas ações de compra de votos durante o período de campanha.

Como o Ministério Público Eleitoral (MPE) local unificou os processos, o pedido feito pelas partes impede que os documentos que integram a ação sejam analisados por terceiros. Assim, somente os advogados de defesa, a Promotoria e a juíza Daniela Faria Romano, responsável por julgar o caso, podem acessar o processo e saber do desenvolvimento da ação.

O pedido para que a caso passasse a tramitar em segredo aconteceu exatamente na semana seguinte à oitiva realizada pela Justiça para ouvir as testemunhas apresentadas pelo MPE e pela defesa. Os réus e os nomes apresentados pelo promotor Christiano José Poltronieri de Campos e pela defesa foram ouvidos na tarde de sexta-feira, dia 26, no Fórum da Comarca.

Reinaldo e Kanesaki respondem ao processo de suposta compra de votos devido a uma denúncia recebida pela Promotoria, de que ambos estariam envolvidos em dois casos em que eleitores teriam recebido produtos e promessas de execução de obras em troca de votos.

A principal denúncia cita que no dia 22 de agosto Kanesaki e o agente de segurança parlamentar Luís Domenico Giatti, que trabalha para o Deputado Estadual Rogério Nogueira (PDT), irmão do prefeito, estiveram na Escola Estadual Jardim Morada do Sol.

Durante a visita ao local os dois teriam utilizado a Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC), reunião cuja participação é exclusiva dos professores, para tratar de questões eleitorais.

Promessa

Segundo a denúncia, durante a conversa que teve com os docentes, Giatti teria afirmado que, caso o prefeito fosse reeleito, seria construído um estacionamento nas imediações da escola para uso dos professores.

De acordo com a Promotoria, não existe a necessidade de a pessoa envolvida estar presente para configurar a compra de votos.

A ação contra Kanesaki é baseada na doação de uma geladeira e um forno de microondas que teria sido feita pelo ainda candidato uma semana depois da visita a escola. À Tribuna, ele revelou não ser o autor da doação e que os eletrodomésticos foram entregues pela Associação Cultural e Esportiva Nipo Brasileira de Indaiatuba (Acenbi).

O MPE questiona a doação, pois, no dia em que os oficiais de Justiça cumpriram com a ordem de busca e apreensão dos dois produtos, a diretora da escola Nalu Patrícia Kraembuhl de Azevedo afirmou não possuir qualquer documento que comprovasse o autor da doação.

Entretanto, duas semanas após a apreensão, a defesa do candidato juntou ao processo um documento em que a presidência da Acenbi, à qual Kanesaki é ligado, afirma que a doação foi feita pelo clube. O documento, datado do dia 29 de agosto, possui a assinatura da diretora e do presidente, Augusto Hirofumi Kato.

Para tentar comprovar a autoria da doação e, principalmente, a data da confecção do termo, o Ministério Público ordenou que os computadores da Acenbi fossem apreendidos e passassem por uma perícia técnica que foi solicitada a Polícia Civil.

Sobre Kanesaki ainda pesa um ato realizado pela coordenadora pedagógica Kátia Silva que, segundo a denúncia, durante a visita realizada à escola, teria dito aos professores que “esse é o meu candidato”.

Após essa declaração de Kátia, ainda teria convidado os professores a participar de uma festa promovida pelo candidato. No convite, ela teria afirmado aos educadores que o evento teria cunho político.

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Comentários (1)

carlos a. c. dos santos disse:

02 de Novembro de 2012 às 20h39

Infelizmente teremos mais um episodio com desfecho favoravel á  quem tem o poder na mão, ou alguem duvida que os envolvidos serão inocentados? Se nosso prefeito mudou de partido e nada aconteceu a exemplo de outros de nossa região que perderam o cargo, o que não da para acreditar é que haverá algum tipo de punição aos envolvidos em mais esse episodio. Compra de voto é crime eleitoral, então ao menos deve ser tratado como tal pelas autoridades competentes. Outros tambem eleitos no ultimo pleito e que estão com problemas na justiça eleitoral devem estar rindo da cara do povo depois dessa noticia, pq sabem que com certeza nada vai lhes acontecer. Vamos ver quem tem mais autoridade nesta historia, pois as provas estão ai e apesar de os envolvidos tentarem descaracterizar as evidencias, elas existem. Todo cuidado tambem deve ser tomado com e pelas testemunhas pq todos sabemos com que tipo de pessoas estamos lidando. Todo cuidado é pouco nesta hora.

OBS: TRANSCRITO DO SITE DO JORNAL "TRIBUNA DE INDAIÁ"



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